Em clima de tumulto, servidores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), em Governador Valadares, se reuniram na manhã desta terça-feira (18), no pátio da autarquia, com representantes do Sinsem – Sindicato dos Servidores Municipais, para discutir as negociações salariais.
Os funcionários se posicionaram contra o reajuste de 4,48% proposto pelo atual governo, bem abaixo dos 10% reivindicados inicialmente pelo funcionalismo público.
Em assembleia do sindicato, porém, houve consenso em aceitar o índice oferecido pela administração, segundo informou o presidente do Sinsem, Dirley Henriques.
Exaltados, servidores do Saae ainda cobraram do Sinsem que o reajuste seja retroativo a janeiro, data-base da categoria, e não a partir de março, como propôs o prefeito de Valadares.
Piso salarial
O presidente do Sinsem, Dirley Henriques, explicou que também foi encaminhado ao Executivo o pedido de aumento de 12,84% no piso do salário do professor do ensino básico, conforme anunciado em janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro.
Se o prefeito acatar a proposta, disse Dirley, os professores poderão ter um reajuste um pouco maior que 12,84%, para adequar os vencimentos atuais ao piso nacional, porém, não receberão os 4,48% que serão concedidos aos demais servidores do município.
Troca de farpas
Um grupo de servidores do Saae também criticou uma postagem em um grupo de Whatsapp do Sinsem, que teria sido feita pelo diretor de imprensa do sindicato.
Ao responder um comentário de um funcionário do Saae, de que “prevaleceu a safadeza, isso sim” (referindo-se à negociação salarial entre Sinsem e Prefeitura), o diretor escreveu que “safadeza são funcionários públicos de autarquia terem plano de cargos e salários diferente dos demais servidores”.
Na reunião na manhã desta terça, alguns funcionários pediram a saída do diretor de imprensa do sindicato.
Na página do Sinsem no Facebook, Dirley Henriques publicou que “qualquer servidor pode fazer uma representação contra o diretor, que será analisada”.
Falou ainda que defende, em todas as situações, “o direito dos servidores ao contraditório e o devido processo legal”.