VIZINHANÇA PEDE A SAÍDA DE ALBERGUE MUNICIPAL DO NOVA JK

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Moradores de rua recebem críticas da comunidade do nova jk
Moradores de rua invadem calçadas e são alvos de críticas da comunidade do Nova JK. Foto: Divulgação

Moradores do bairro Nova JK, na região do Albergue Municipal, estão bastante preocupados com a situação que, segundo eles, vem incomodando bastante, principalmente no último ano.

Moradores de rua têm ocupado calçadas próximas ao estabelecimento durante o dia, alguns até cometendo crimes e fazendo sexo e uso de drogas ao ar livre.

Pelas ruas do bairro de Governador Valadares, é possível ver, facilmente, diversas pessoas, à luz do dia, sentadas ou deitadas em colchões nas calçadas.

Em alguns pontos, o mau cheiro de urina e fezes incomoda bastante a qualquer um que passe pelo local.

morador de rua tem incomodado moradores do nova jk
Moradores de rua ocupam as calçadas com colchões, usam drogas e praticam delitos ao ar livre, dizem moradores da região. Foto: Divulgação

A empresária Dilma Oliveira de Souza, moradora do bairro, disse que, de aproximadamente um ano para cá, a situação nas ruas do bairro ficou mais crítica.

Segundo ela, moradores de rua ficam pelas calçadas o dia todo, pedindo, usando drogas, fazendo sexo e até praticando roubos.

A empresária conta que o Albergue abre às 18h para receber albergados e fecha às 8h da manhã e que “dizem que só pode ficar três noites no albergue, mas tem gente por aqui que já está há mais de ano”.

Dilma diz que eles se revezam e a vizinhança já presenciou alguns passando drogas ‘daqui de fora para quem está lá dentro, à noite”, relatou.

A técnica em eletromecânica, Betânia Bicalho, reclamou que assim que um cliente entra em algum comércio, moradores de rua já ficam na porta esperando para pedir dinheiro.

“Senhoras, adolescentes e crianças não podem passar sozinhos pelas calçadas, porque sempre tem alguém mexendo”, afirmou ela.

O comerciante Geraldo Campos tem um ponto comercial em frente ao Albergue e, segundo ele, há cerca de um mês, um morador de rua tentou matar outra moradora dentro do estabelecimento.

“Minha clientela já está sumindo. É só chegar aqui para comprar algo que eles já ficam na porta esperando para pedir”, desabafou.

Segundo a engenheira Márcia Helena Moura, dias atrás, uma moradora foi seguida por um morador de rua que pediu dinheiro. “Quando a mulher disse que não tinha, ele respondeu que viu quando ela saiu da casa lotérica e que por isso deveria ter dinheiro sim”, contou.

Os moradores são unânimes no pedido: a retirada do Albergue Municipal do local. “Como está hoje, não tem condições de ficar aqui. Falta política pública”, ressaltou Dilma.

Ela informou que no dia 30 de setembro os moradores fizeram uma reunião e convocaram a PM e o prefeito André Merlo. O chefe do executivo municipal não compareceu e mandou representante que, segundo Dilma, não resolveu nada.

A reportagem d’O Olhar enviou, no início da tarde de segunda-feira, solicitação à Prefeitura para falar sobre o assunto, afim de dar uma resposta aos moradores. No entanto, até a manhã desta quarta-feira (15), não havia chegado nenhum retorno.

 

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