Sacolas com lixo hospitalar foram encontradas, na manhã desta quinta-feira (28), em uma rua atrás da Açucareira, no bairro Universitário, em Governador Valadares.
Várias ampolas vazias, seringas usadas e pedaços de algodão sujos de sangue estavam em sacolas e até espalhados pelo chão.
O farmacêutico da Vigilância Sanitária, Thalles Procópio, esteve no local e constatou a irregularidade do descarte. Segundo ele, a resolução RDC 222/2019, da Anvisa, determina que é necessário que o recolhimento e o descarte desse tipo de material sejam feitos por uma empresa legalmente habilitada.
“E isso não pode ser, de forma alguma, jogado no meio ambiente”, declarou o servidor, explicando que o produto deve ser incinerado.
Segundo a resolução da Anvisa, o material deve ser destinado para sepultamento, cremação, incineração ou outra destinação licenciada pelo órgão ambiental competente.
Thalles constatou a existência de ampolas de medicamentos vazias, seringas usadas e até pedaços de algodão sujos de sangue, trazendo um grande risco não só ao meio ambiente mas também às pessoas que passam pelo local.
Próximo ao material descartado há uma residência e na rua passam diversas pessoas, muitas delas que utilizam a região para fazer descarte de entulhos. E foram moradores que passavam pelo local que viram, há cerca de 15 dias, as sacolas com o produto.
Havia sacolas com lixo hospitalar descartado na beira da estrada, seringas espalhadas no meio do mato e sacolas jogadas na parte de dentro da cerca, no terreno de uma residência.
Em meio ao lixo hospitalar irregularmente descartado, havia uma caixa adesivada com o nome de uma clínica no bairro Esplanada.
A Vigilância Sanitária esteve no local e, segundo Thalles, os responsáveis pelo estabelecimento se prontificaram a fazer o recolhimento e entregar à entidade.
Ainda segundo o farmacêutico da Vigilância Sanitária, será aberto um processo administrativo que pode resultar em, desde advertência, até multa. A Polícia Militar Ambiental também foi acionada e deverá registrar a ocorrência.
Os responsáveis pela clínica informaram à imprensa que o material havia sido repassado a um paciente que morava na região.
Este paciente teria morrido há pouco tempo e o material não fora encaminhado à clínica, que se prontificou a recolher o lixo ainda nesta quinta.