PRIVATIZAÇÃO DO PICO: ENTIDADES LANÇAM MANIFESTO E PEDEM ADIAMENTO DA VOTAÇÃO NA CÂMARA

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movimentos e entidades repudiam privatização do pico da ibituruna
Movimentos ligados à igreja católica repudiam privatização de terras na Ibituruna. Foto: O Olhar

O projeto de lei que concede a exploração do topo da Ibituruna à iniciativa privada, apresentada pelo prefeito de Governador Valadares, André Luiz Merlo (PSDB), provocou o repúdio de segmentos sociais na cidade.

O projeto está na pauta da reunião da Câmara Municipal que acontece nesta segunda-feira (8), a partir das 15h, para discussão e votação final.

Dezessete entidades e movimentos sociais assinaram um manifesto contra a privatização das terras públicas na Ibituruna e encaminharam ao Executivo e à Câmara de Vereadores no dia 18 de maio.

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No texto, o ‘manifesto de repúdio’ ressalta que a iniciativa se deu “por entender que a Ibituruna pertence aos valadarenses e não pode ser entregue para a iniciativa privada sem ouvir o contraditório”.

Devido a isso, eles querem mais discussão e mais transparência do governo e pedem o adiamento do projeto para após o período de pandemia, justificando que o momento impossibilita a participação da sociedade.

As lideranças ponderam, no documento, que a proteção ambiental não pode ser assegurada apenas com base no cálculo financeiro de custos e benefícios.

“A motivação que nos leva a assumirmos esta causa é a nossa corresponsabilidade pelo cuidado com a criação divina, a ecologia integral, a justiça social e a proteção do bem público e comum, como nos tem alertado o Papa Francisco em sua Carta Encíclica Laudato Si”, defendem.

Reforçam também que “um desenvolvimento autêntico pressupõe um melhoramento integral na qualidade da vida humana, que compreende a preservação de espaços públicos, moradias, transportes, segurança e lazer”

Representantes dos movimentos e entidades, a maioria deles ligados à igreja católica, ainda lembram ao prefeito que “renunciar a investir nas pessoas para se obter maior receita imediata é um péssimo negócio para a sociedade”.

Assinam o manifesto: Equipe de Animação da Cebs-Diocese de Governador Valadares; Conselho Diocesano de Cristão Leigos e Leigas; Movimento Boa Nova; Pastoral Carcerária; Encontro de Casais com Cristo (ECC); Cidade dos Meninos; Cáritas Diocesana; Pastoral Afro Brasileira; Coletivo Encrespa; Comissão Pastoral da Terra; Pastoral de Rua da Diocese de Governador Valadares; Cooperativa Regional da Economia Solidária da Agricultura Familiar Agroecológico (Cresafa); Centro Agroecológico Tamanduá (CAT); Movimento dos Pequenos Agricultores do Médio Rio Doce (MPA); Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Governador Valadares; Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); União Operária.

 

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