ASSENTAMENTO OZIEL LUTA PELA LIBERDADE DO QUILOMBO CAMPO GRANDE

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morados do assentamento quilombo campo grande são despejadas por tropas policiais
Crianças correm risco de ficar sem teto e sem escola em plena pandemia. Foto: Divulgação

 

O Quilombo Campo Grande, acampamento do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra (MST) na cidade de Campo do Meio, em Minas Gerais, foi invadido nesta quarta-feira (12) por tropas militares para despejar as mais de 450 famílias que vivem lá.

Em todo o país, o MST tem realizado ações para enfrentar esse despejo, que ocorre no meio da crise do novo coronavírus que já matou mais de 100 mil pessoas no Brasil.

“Repudiamos o despejo em plena pandemia e em qualquer outra época. A produção de alimentos saudáveis vem do campo, da agricultura familiar. A vida destas famílias, o desenraizamento delas, a retirada das moradias, retirada da escola. Isto é muito sério. A reforma agrária é uma necessidade”, critica Terezinha Sabino, liderança do MST em Governador Valadares.

famílias do assentamento quilombo campo do meio estão sendo despejadas pelo governo de minas
Mais de 450 famílias estão sendo despejadas do assentamento Quilombo Campo Grande. Foto: Divulgação

O Assentamento Oziel, que fica em Valadares e é um dos mais antigos da história do MST, participa ativamente da luta para evitar que o despejo seja feito. De acordo com a organização, a polícia está usando de violência contra as famílias, crianças e idosos que vivem no Quilombo Campo Grande.

No Twitter, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que iria retirar as tropas e acabar com o despejo, porém, não foi isso que aconteceu. Não apenas as tropas permaneceram, como também aumentaram.

“O MST, em toda Minas Gerais, exige que o governo Zema retire as tropas do Quilombo Campo Grande. Essas famílias merecem respeito. Há crianças lá, idosos, mulheres grávidas recebendo bombas, gás lacrimogêneo, balas de borracha. Isso é completamente desumano”, reivindica Sabino, que também é diretora do setor de saúde do MST.

Para mais informações a respeito da invasão ao Quilombo Campo Grande, basta acessar as redes sociais do Minas Sem Terra no Facebook e Instagram.

 

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