PREFEITO DE DIVINO DAS LARANJEIRAS É INVESTIGADO POR COMPRA DE VOTOS

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candidato à reeleição e seu vice são investigados por compra de votos em divino das laranjeiras
O candidato à reeleição Kinka Alves e o candidato a vice Perli Lopes. Foto: Divulgação

 

A coligação ‘O Futuro se Faz com Oportunidades’ ajuizou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) na 117ª Zona Eleitoral, na comarca de Galileia, pedindo que o atual prefeito e candidato à reeleição em Divino das Laranjeiras, Romilson Alvez (Avante), 51 anos, conhecido como Kinka Alves, e seu vice Perli Lopes da Rocha (Solidariedade), 74 anos, tenham o registro de candidatura cassado e sejam declarados inelegíveis. 

Além deles, o vereador Ely Flávio de Amorim (Avante) e o servidor municipal Flávio Alves Pereira também são alvos da AIJE. A chapa Avante/Solidariedade é acusada de compra de votos, abuso de poder político, utilização de maquinário público em propriedade privada e uso indevido de redes sociais para publicidade de obras do município, diz o texto da ação.

De acordo com a denúncia, os investigados teriam oferecido material de construção a um morador da cidade para reforma e construção de sua casa, que foi entregue após o combinado. A oferta e doação dos materiais teriam sido feitas em troca de voto.

“Isso configura abuso de poder econômico e ainda captação ilícita de sufrágio (compra de voto)”, alega a coligação encabeçada pelo candidato a prefeito Haílton Vieira da Silveira Filho (PSC), o Tom da Saúde.

A AIJE também aponta outras supostas ilegalidades que estariam violando o processo eleitoral em Divino das Laranjeiras:

  • utilização de maquinário público em propriedade privada – no dia 30 de setembro foi constatada a utilização de uma retroescavadeira do município em um sítio localizado no distrito de Pomaroli, onde a máquina fazia uma escavação para construção de um tanque para piscicultura. A PM lavrou um boletim de ocorrência. O dono do terreno e o operador da máquina confirmaram que a retroescavadeira era do município.
  • concessão indevida de gratificações em período eleitoral – o prefeito e candidato à reeleição Kinka Alves teria concedido, para alguns servidores, aumento salarial e gratificações de até 100% do vencimento básico. Lei eleitoral define que a partir do dia 7 de abril até a posse dos eleitos, é vedada a revisão geral de vencimentos que exceda a correção inflacionária.
  • uso indevido das redes sociais – Kinka Alves também estaria utilizando suas redes sociais para divulgar obras e serviços no município com suposto “cunho eleitoreiro”. Essa conduta é vedada pela legislação eleitoral desde o dia 15 de agosto.

A coligação ainda pede à Justiça Eleitoral que, após as investigações, seja cassado o registro dos candidatos e aplicada multa aos ilícitos  (captação ilícita de sufrágio, abuso de poder político, econômico e uso indiscriminado da máquina pública) julgados procedentes, conforme Lei 9.504/97 e LC 64/90, bem como seja declarada a inelegibilidade dos investigados por oito anos a partir das eleições de 2020.

As denúncias são acompanhadas de fotos, vídeos, nomes de testemunhas, boletim de ocorrência, atas notariais, documentos do portal da transparência da Prefeitura de Divino das Laranjeiras. 

O outro lado

A reportagem do O Olhar entrou em contato com a assessoria da campanha do candidato Kinka Alves solicitando um posicionamento oficial sobre as denúncias contra ele. Em resposta, disseram que “os candidatos não receberam nenhuma notificação judicial”. 

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