Na manhã deste sábado (5), o que se via no Mercado Municipal eram comerciantes tentando ganhar espaço dentro das lojas para expor suas mercadorias.
Eles foram proibidos de utilizar o espaço de um metro em volta das lojas, delimitado por uma faixa amarela, para colocar seus produtos.
A determinação veio dos bombeiros, durante a vistoria realizada na tarde de ontem no complexo comercial, atendendo à decisão da 10ª Promotoria de Justiça.
33 lojas foram interditadas na tarde de ontem.
A proibição do uso da faixa amarela pegou os lojistas de surpresa, já que o espaço é cedido pela Prefeitura para esse fim.
Além disso, a exigência não constava na relação de adequações do espaço físico do mercado, estipulada pela promotoria.
Os bombeiros ameaçaram fechar as portas do centro comercial em caso de descumprimento da norma, disse a presidente da Associação dos Comerciantes do Mercado Municipal (ACMM), Jucirene Fahel Moussa.
O advogado da associação, Jorge Jermani, afirma que apenas o Poder Judiciário tem competência para interditar o local.
“Os bombeiros também não poderiam impedir os lojistas de colocar suas mercadorias em volta da loja. Estamos seguindo as normas, adequando os projetos, mas não é possível corrigir em apenas 5 dias irregularidades de anos”, disse.
Lojistas
O lojista José Maria de Oliveira, que há 5 anos tem comércio no mercado, disse que a situação é difícil e que a medida vai acabar com o mercado. “As lojas são pequenas e vendemos mais com a mercadoria lá fora. A faixa funciona como uma vitrine, os produtos em volta da loja atraem a clientela”.
Ele falou ainda que os bombeiros estão fiscalizando apenas os lojistas, deixando de fora a Prefeitura, que não está cumprindo a sua parte. “Não tem água nos hidrantes, por exemplo, eles não funcionam, e os bombeiros não estão olhando isso”, lembrou.
O comerciante Marcelo de Oliveira Marcelino também reclamou da imposição dos bombeiros. “Não fomos comunicados previamente sobre a proibição do uso da faixa, não vamos colocar a mercadoria ali para não correr risco de fecharem nossa loja, mas não concordamos com isso”, disse ele.
