A 43ª Subseção da OAB, em Governador Valadares, e a Associação dos Advogados de Governador Valadares (Aadvog), organizaram, na tarde desta segunda-feira (7), uma manifestação no Centro da cidade para cobrar o fim da suspensão dos processos contra a mineradora Samarco.
Centenas de pessoas participaram do protesto, que começou na Praça dos Pioneiros e terminou no quarteirão ao lado, no Fórum de Governador Valadares.
O presidente da 43ª Subseção da OAB, Elias Souto, explicou que o objetivo da manifestação é mostrar para a sociedade que a suspensão dos processos não é salutar para a população de Governador Valadares.
Segundo o presidente, esta é a terceira suspensão desde que os processos começaram a tramitar.
‘É o segundo em razão de um Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR). Isso possibilita o risco de que todas as decisões proferidas na bacia do Rio Doce sejam iguais. E nós defendemos que cada situação, em cada comarca, teve prejuízos diferenciados’, disse.
O presidente da Aadvog, Aloiso Gusmão Padilha, lembrou que o movimento começou a partir da procura de várias pessoas reclamando da suspensão dos processos.
Padilha afirmou ainda que este é apenas o início das manifestações. ‘Nós pretendemos fazer uma caravana com, no mínimo, 80 advogados para a porta do Tribunal de Justiça (em Belo Horizonte) para fazer um protesto lá. Já temos o apoio da OAB estadual e vamos tentar todos os recursos jurídicos possíveis para tentar mudar essa decisão’, declarou.
Elias Souto disse que já está sendo providenciada uma documentação para que seja impetrado um recurso para que a decisão de suspensão dos processos seja revista.
Padilha lembrou ainda que o movimento dos advogados é, também, para que as pessoas não aceitem os mil reais oferecidos pela Fundação Renova. ‘As pessoas precisam procurar a Justiça para receber uma indenização maior’, finalizou.
O grupo de manifestantes caminhou da Praça dos Pioneiros até a frente do Fórum, onde alguns representantes de segmentos da sociedade falaram ao público.
O trânsito ficou interditado por alguns minutos na rua Marechal Floriano. Os manifestantes encerraram o protesto cantando o Hino Nacional e fazendo um abraço simbólico do Fórum.
Difícil a corda só rebenta pro lado mais fraco.