A vereadora Gilsa Santos (PT), que vai liderar o bloco da minoria no biênio 2021/2022, em sua primeira fala da tribuna da Câmara, na reunião ordinária desta segunda-feira (1º), comunicou que pode caminhar com o Executivo, porém, não sem a contrapartida do governo André Merlo (PSDB).
Em um discurso de cerca de 4 minutos, a parlamentar afirmou que estava “demarcando território como mulher, como negra, como periferia, como professora, como quem vem da luta de base e como quem acredita na frase ‘todo poder emana do povo'”, e deixou claro que em suas opções e decisões em plenário vão pesar os interesses dos grupos excluídos da sociedade.
A fala de Gilsa Santos também foi uma resposta a alguns vereadores que fizeram referência ao papel da oposição no Legislativo e julgavam que a petista teria como proposta uma oposição apenas branda, ou até meia-boca. “Quero dizer a todos que mencionaram aqui o jeito que a oposição deve ser, que não seremos oposição”, disse.
Em seguida, completou: “não seremos oposição se as comunidades periféricas estiverem em primeiro lugar no plano de governo do executivo; se os servidores municipais tiverem a garantia dos direitos trabalhistas; se houver protocolo garantido, com segurança, com vacina para os professores, pois temos uma gama de professores e profissionais da educação na faixa de idade de risco absoluto; não seremos oposição se essas pessoas estiverem amparadas, vacinadas e as crianças com protocolo, que nas escolas tenham papel higiênico, sabonete, álcool gel, todos os requisitos necessários. não seremos oposição se a gente deixar de olhar o centro da cidade nesse momento e começar a olhar a periferia, os bairros mais distantes, os bairros que foram menos atendidos, os distritos que há muito ficam abandonados; não seremos oposição se a gente perceber que há esse empenho no bem melhor da comunidade”.
A vereadora, que faz parte do seleto grupo de duas mulheres eleitas no município, nas últimas eleições, também falou que acredita na unidade representativa e na transformação da prática política em Valadares, a partir da mudança de comportamento.
“A mudança não se dá com palavras, mas com atitudes. E eu estou disposta, assim como meu companheiro de bancada Cézar, nós, como Partido dos Trabalhadores, estamos dispostos a essa transformação, nos colocando a serviço das pessoas que acreditaram em nós e das pessoas que não acreditaram, não votaram, mas que dependem do nosso comportamento dentro desta Casa”, finalizou.