No dia em que Governador Valadares chega a 1.226 mortos vítimas da covid e o Brasil a 512.819, o que se pôde testemunhar pelas ruas da cidade na noite deste sábado (26) pode ser classificado como preocupante e até como estarrecedor.
Bares lotados com pessoas amontoadas e sem máscaras, desrespeitando o distanciamento social e até uma festa junina com direito a fogueira foram vistos por quem passou pelas ruas de diversos bairros da cidade.
Não era preciso andar muito para encontrar estabelecimentos lotados. No entorno da lagoa do Pérola, mesas cheias, pessoas sem máscaras, distanciamento inexistente.
No bairro de Lourdes, em um bar na rua Paraíba, além disso tudo, ainda era possível ver diversas pessoas de pé, se aglomerando na calçada.
Na região do Santo Agostinho e Lagoa Santa, a falta de máscara e de distanciamento também eram visíveis, com aglomerações não só dentro de alguns estabelecimentos mas também pela calçada.
No entanto, o caso mais curioso pode ser testemunhado na Ilha dos Araújos, onde um grupo estava com mesas e cadeiras no que parecia uma festa junina no calçadão. A “resenha” teve direito a bandeirolas e até uma fogueira.
Vacinação: 54 anos
Nesta segunda-feira (28), todas as pessoas com idade a partir de 54 anos poderão ser vacinadas em Governador Valadares. O ritmo de vacinação na cidade, assim como em grande parte do país, ainda é bastante lento devido a demora na chegada dos imunizantes.
Segundo a Prefeitura de Valadares, até este sábado, 81.084 pessoas receberam a primeira dose da vacina e 34.032, receberam a segunda.
Alguns servidores que trabalham na imunização relataram que o movimento de pessoas procurando a vacina tem sido baixo. Outro problema relatado tem sido a quantidade de pessoas que dizem pretender escolher os imunizantes, o que só dificulta ainda mais o combate à covid.
Com uma população aproximada de 280 mil habitantes, Valadares ainda não vacinou nem 15% da população. Mesmo os vacinados com a segunda dose devem continuar seguindo as medidas de proteção para evitar contaminar ou até mesmo serem contaminados pelo coronavírus.
A demora da imunização, provocada, principalmente, pela falta de vacinas, e à falta de observação das medidas de distanciamento social só tendem a facilitar ainda mais a circulação do vírus, com risco de surgimento de novas cepas.
O resultado é um eterno vai e vem nas medidas de combate à covid, que prejudica ainda mais a economia local e o pior, mata cada vez mais valadarenses.