Num passado distante chamada de “Princesinha do Vale’, mais recentemente de “Cidade do já teve”, Governador Valadares agora vem sendo conhecida como “Cidade do já era”!
São tantos os projetos de melhorias sociais para a população que foram abandonados, protelados indefinidamente ou que simplesmente jamais saíram do papel que, certamente, a maioria da população valadarense não tem a menor esperança de ver estes projetos se tornarem realidade.
São obras públicas que já consumiram vultosos recursos financeiros e, até agora não foram usufruídas pela população do município. Vejamos algumas delas:
A AÇUCAREIRA: a “Ordem de Serviço” para o início efetivo das obras de transformação da antiga usina de açúcar e álcool num espaço cultural foi assinada em 2011. Desde então a obra foi iniciada e paralisada por duas vezes em duas gestões municipais diferentes. Passados 11 anos a obra da Açucareira está atualmente paralisada e bem longe de ser concluída.
O TEATRO ATIAIA: fechado há 7 anos por decisão judicial em virtude de sua precariedade, o teatro está com as obras de reforma e ampliação também paralisadas há um ano e sem prazo para conclusão pela atual gestão municipal.
O AEROPORTO: o projeto de construção de um novo Terminal de Passageiros e ampliação do pátio de aeronaves teve de início em dezembro de 2018 e previsão de conclusão em agosto de 2020, as obras também seguem paralisadas sem nenhuma previsão de conclusão.
A RODOVIÁRIA: as obras de revitalização do Terminal Rodoviário deveriam ter se iniciado em Janeiro de 2015 com projeto de modernização do prédio, instalação de escadas rolantes, elevadores, construção de um camelódromo e até um hotel da rede Bristol! Nem saiu do papel! O prédio tem quase a mesma aparência de quando foi inaugurado em 1966!
O MUSEU DA CIDADE: inaugurado em 1981 no prédio do Palácio da Cultura, o Museu Histórico de Governador Valadares, conhecido como Museu da Cidade, já peregrinou com o seu frágil acervo por vários lugares. Já foi instalado numa casa alugada na Avenida Brasil. Posteriormente foi levado para o antigo prédio em ruínas da Açucareira onde o acervo correu grave risco de ser levado pelas águas da enchente do Rio Doce que rodearam todo o edifício. Da Açucareira foi levado para a chamada “Casa do Mister Simpson”. Uma casa de madeira infestada de cupins, no alto bairro Morada do Acampamento de onde se mudou para o atual endereço, numa outra casa alugada na rua Prudente de Morais, onde se encontra até os dias atuais. Este já é o seu quinto endereço.
Nunca houve nenhum projeto de construção de uma sede própria e definitiva para o museu municipal.
A ÁREA DE LAZER DA FEIRA DA PAZ, cujas obras de revitalização tiveram início ainda no primeiro mandato da então Prefeita Elisa Costa, com previsão de prazo para entrega de 8 meses e nunca foram concluídas. Foi construído apenas um mirante na beira do Rio Doce e algumas estruturas de concreto que mal saíram do chão e a obra parou. Arquibancadas, pista de atletismo, palco para shows e eventos com camarins, previstos no projeto original ficaram apenas no papel.
O GASODUTO: promessa de campanha do então Prefeito Mourão, o gasoduto que alimentaria as indústrias no município só chegou até a vizinha Ipatinga.
O ESCOAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS DO CENTRO: uma “Caveira de burro enterrada” que nenhum prefeito resolve. Basta uma chuvinha pra inundar várias ruas centrais, principalmente o trecho compreendido entre as rua Marechal Floriano e Peçanha quase em frente a Prefeitura!
A PRAÇA DA ESTAÇÃO: conhecida como a “Cracolândia de Valadares”, a praça é o sinônimo do fracasso das políticas públicas de enfrentamento ao uso de drogas e para moradores em situação de rua, bem como da péssima manutenção do Patrimônio Público e também Histórico, visto que a antiga locomotiva que ornamenta a praça é tombada como Patrimônio Histórico Municipal. A Praça João Paulo Pinheiro (verdadeiro nome da Praça da Estação) passou por uma grande reforma patrocinada pela Vale e foi reinaugurada em 2013 ao custo de R$ 3.800.000,00(Três milhões e oitocentos mil Reais). O material empregado bem como a mão de obra se mostraram de qualidade ruim ou, no mínimo, duvidosa: A fonte em redor da “Maria-Fumaça” parou de funcionar com apenas três dias de uso devido a rachaduras, e os canos dos chafarizes instalados no piso da praça se romperam no subsolo danificando as bombas da casa de máquinas bem no dia da inauguração e nunca mais foram consertados! Mesmo estando a obra da praça dentro do prazo de 5 anos de garantia legal para obras públicas até 2018, quando venceu o prazo, a construtora responsável jamais foi acionada judicialmente para fazer os reparos, nem pela prefeitura, nem pela Câmara de Vereadores, que tem entre as funções fiscalizar os atos do Poder Executivo.
Nesse rol poderíamos acrescentar ainda a Estação de Tratamento de Esgotos que junto com essas acima elencadas já consumiu milhares e milhares de Reais dos cofres públicos e também não foi concluída.
“Senhores do Bom Princípio” os administradores municipais causam grandes danos à sociedade valadarense ao darem início a obras que sabem ser incapazes de concluir, seja por falta de recursos, má gestão e planejamento ou pura incompetência! O povo que espere sentado!
A Princesa já era! Virou sapo faz tempo!