O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) participa nesta terça-feira (4), a partir das 10 h, de ato público em frente ao prédio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, contra o PL que aumenta em 298% o salário do governador Romeu Zema (sem partido) e em 247% o de secretários de Estado.
Segundo o Sind-UTE, Minas teria, hoje, o pior salário do país (apenas R$ 2.350,49), valor bem abaixo do Piso Nacional (R$ 4.420,55).Portanto, conforme o sindicato, educadores consideram “imoral e sem propósito” o reajuste salarial em tramitação na Assembleia Legislativa para governador e secretários de Estado.
“Quase 300% de aumento para um governador que não paga o piso salarial do profissional da educação e que utiliza os recursos do Fundeb para outras áreas. Um reajuste nunca antes visto em Minas para esses cargos, enquanto uma auxiliar de serviços da educação básica recebe menos de um salário mínimo. Isso é vergonhoso!”, diz Denise Romano, coordenadora-Geral do Sind-UTE/MG.
O projeto foi proposto pela mesa diretora da ALMG, a pedido do governador Romeu Zema, que diz ser o reajuste necessário para ‘manter os mais competentes nos quadros técnicos’.
O projeto estabelece que a remuneração do governador, que atualmente é de R$ 10.500, passe para R$ 41.845,49 a partir de 2025, uma alta de 298%. O projeto também prevê um aumento no salário do vice-governador de 267% e o subsídio dos secretários de estado, atualmente em R$ 10.000, seria ampliado em 247%.
“É um vexame o que vem acontecendo em Minas Gerais, um crime, já que o governo não cumpre a lei e penaliza os profissionais da educação. Não nos calarão, merecemos respeito e o reajuste de salário, conforme determina a legislação do piso”, afirma a sindicalista.