Pet Day – Um Dia Especial

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pet day um dia especial
Imagem: Reprodução/Internet

coluna sorrindo o leite derramado

Mamãe e Papai, quantas  saudades!

Aqui em São Paulo está tudo bem.

Bem, podia estar melhor! Estou com duas entrevistas de emprego marcadas para amanhã de manhã e estou animada!

Claro, ainda um pouco chateada por ter sido demitida e sinto que a Sabrina anda se sentindo culpada…  Mas foi tudo um grande azar!

Vou explicar direitinho, pois sei que vocês ficaram muito chocados com minha demissão:

Bom, eu estava em casa no domingo e recebi um e-mail da firma dizendo que na segunda-feira seria o primeiro pet day da empresa. Na correspondência explicava que todos os funcionários da empresa poderiam levar seus pets para o trabalho, desde que eles fossem mansos e silenciosos.

Fique muito feliz, porque eu sempre ficava incomodada com a carinha de tristeza que Sabrina fazia quando eu saia pra trabalhar! E, vocês têm que concordar, ela é muito dócil e silenciosa!

Respondi ao questionário que enviaram, marcando as respostas: Dócil, silenciosa(o) e no quesito identificação, perguntavam: Cão ( ), Gato ( ), Pássaro ( ) e Outro ( ). Claro que marquei no último. Também tinha a pergunta: como pretende levar seu pet? Respondi: numa cesta. Em menos de meia hora, o departamento de marketing da firma me enviou outro e-mail, dizendo: você e seu pet terão um ótimo pet day e vão alegrar nosso ambiente de trabalho! Fiquei muito feliz e li o e-mail pra Sassá. Ela ficou feliz e curiosa!

Passei o resto do domingo imaginando a alegria que seria trabalhar com a Sassá enroscada na minha perna! O trabalho ganharia outro astral! Fiz uma caminha na cesta dela, para ela ficar confortável na minha baia.

Passei uma noite agitada. Sonhei muito e acordei várias vezes… Talvez fosse um pressentimento! A consequência é que perdi a hora, acordei uns vinte minutos mais tarde. Detesto chegar atrasada! Saí de casa apressada, coloquei Sassá na cesta e peguei um Uber. Só quando estava chegando na firma que me lembrei que não tinha alimentado a pobre da Sassá! Mas, como estava apressada, nem pensei mais no assunto.

Ah! A firma nunca esteve tão alegre e aconchegante! O Otávio, gato da contabilidade, levou seu gatinho, tão fofo quanto o dono! A D. Maria, da limpeza, trouxe o Fuleco, um vira-latas cor de caramelo, que ficou correndo de um lado para o outro. Marília minha vizinha de baia, me apresentou Tuia, uma calopsita linda! O gerente foi com sua poodle, de nome complicado, cheia de pedigree. Mas o mais fofo de todos era Pongo, o coelhinho do filho do dono da empresa! Parece que todo mundo estava feliz e querendo exibir seu pet!

Eu sou muito tímida e Sabrina também, decidi esperar um pouco, pra tirá-la do cesto, até porque ela estava tirando uma soneca. Então, fui apreciar os outros pets.

Foi aí que a coisa começou a desandar…

Fuleco havia corrido, por vários departamentos, atrás do gato de Otávio, que estava desesperado… Depois o danado do vira-latas cor de caramelo grupou na poodle e o gerente quase teve um piripaque com a cena de amor canino!

Nessa confusão, claro, Sassá acordou e saiu da cesta! Acho que não é muito comum criar jiboias em São Paulo! Quando o pessoal reparou na minha Sabrina, a reação foi a pior possível!

Uma correria de pessoas e animais se instalou na firma, verdadeiro caos! O poodle do gerente desgrudou do seu crush caramelo e saiu em disparada, foi parar na diretoria, onde urinou e evacuou todo o hall, e, pra piorar a situação, uma secretária-executiva escorregou e se estatelou no chão. Fuleco correu para a rua e o gato do Otávio subiu no telhado. Tuia, a calopsit,a voava para todos os lados gritando: socorro!

Chamaram até os bombeiros para apaziguar a situação!

Quando tudo parecia resolvido e eu consegui recolher minha Sassá, o filho do dono da firma iniciou uma crise de choro… O coelhinho Pongo havia sumido!

Ficamos procurando uns quarenta minutos, até que alguém levantou a hipótese de que Sassá era a culpada!

E, infelizmente, a danadinha ainda tinha uns pelinhos brancos na boca!

Fui demitida por justa causa!

Vocês não acham que foi injusto? E a pobrezinha da Sassá está triste que só ela!

Vou parar por aqui, porque tenho que treinar para as entrevistas.

A benção!

Saudades,

Emília.

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