Rede de fraudes no Hospital Municipal tem conexão com candidatos a prefeito; veja quem está envolvido

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Rede de fraudes no Hospital Municipal tem conexão com candidatos a prefeito; veja quem está envolvido
Hospital Municipal está atolado em denúncias de fraudes. Foto: Divulgação

O Hospital Municipal de Governador Valadares está imerso em um esquema de corrupção. As investigações mais recentes da Polícia Federal apontam um esquema articulado de fraudes, envolvendo profissionais de alto escalão que teriam recebido horas-extras sem prestar o atendimento médico.

No olho do furacão estão médicos, o atual secretário de Saúde, Leandro Amaral, a ex-secretária Caroline Sangali e servidores da área administrativa. O médico Marcelo Caldeira Teixeira, que ocupava o cargo de diretor-técnico do hospital quando o escândalo veio à tona, é acusado de preencher irregularmente as folhas de ponto, chegando a somar mais de 600 horas extras e recebendo por elas, mesmo sendo humanamente impossível trabalhar tantas horas em um mês.

Marcelo também é integrante do Programa Mais Médicos, onde supostamente atua nos mesmos horários que atende no HM, gerando múltiplas fontes de renda do serviço público. As investigações também indicam que ele pode ser o líder de uma quadrilha responsável por fraudar documentos e embolsar salários indevidos.

Denúncia

As investigações começaram em fevereiro de 2021, quando a Polícia Federal recebeu uma denúncia sobre o desvio de recursos, que inicialmente eram atribuídos a repasses do SUS. Após meses de apurações, constatou-se que os recursos desviados provinham de verbas estaduais, levando o caso para a Polícia Civil de Minas Gerais.

No útimo mês de setembro, a delegada Fernanda Dourado, da Polícia Civil de Minas Gerais, comandou uma operação que resultou em buscas e apreensões de documentos. No entanto, ao descobrir a profundidade do esquema, a delegada foi afastada do inquérito, levantando suspeitas sobre tentativas de obstruir a investigação por forças políticas influentes, especialmente em um período eleitoral.

Crimes

O processo revela indícios de uma série de crimes, incluindo:

  • Falsidade ideológica
  • Danos ao erário
  • Peculato
  • Rachadinha
  • Formação de quadrilha

Envolvidos

Diversos profissionais do Hospital Municipal estão mencionados na denúncia, destacando-se: Dr. Marcelo Teixeira, Clínico Geral 24h e Diretor Técnico; Dr. Frankfort Bicalho Júnior, Clínico Geral 24h; Dr. João Da Matta Maya Neto, Médico 24h; Dr. Klinger Soares Faico Filho, Médico 24h; Dra. Amanda Kelen De Oliveira, Médica 24h; Dr. Elenilton Souza Rodrigues Junior, Clínico Geral 24h; Dr. Maurício Sampaio Brandão, Cardiologista 24h; Caroline Sangali, ex-secretária Municipal de Saúde; Leandro Amaral, secretário Municipal de Saúde; Lorscheider Nathan Fonseca Silva, Agente de Administração 40h; Valdevino Antonio Neto, Técnico em Enfermagem.

Esses indivíduos formam parte de um grupo político que apoia o candidato Coronel Sandro (PL) para prefeito de Governador Valadares. O médico e diretor técnico Marcelo Teixeira, em particular, aparece em publicações nas redes sociais do candidato com manifestações de apoio à sua eleição. De acordo com um integrante da campanha, caso Coronel Sandro seja eleito, Marcelo Teixeira poderá assumir a Secretaria Municipal de Saúde.

O texto da denúncia da PF menciona também nomes que atuam ativamente na campanha do candidato Renato do Samaritano, como a ex-secretária de Saúde Caroline Sangali – bem como seu esposo Tanner Diniz, coordenador da campanha de Renato Fraga. E ainda o médico cardiologista Maurício Sampaio Brandão e o técnico em enfermagem Valdevino Antônio Neto, candidato a vereador, entre outros.

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