SUSPEITO DE MATAR DELEGADO VALADARENSE USAVA CELULAR COM NOME E CPF DO PRESIDENTE TEMER

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(Foto: Divulgação/Polícia Civil/)

Um homem suspeito de participar do assassinato do delegado valadarense Marco Antônio Torres, que atuava em Barra da Estiva (BA), foi preso em Montes Claros, Norte de Minas. Guilherme Silva Fraga, 27, usava celular com nome e CPF do presidente da República Michel Temer.

Ele foi detido esta semana durante uma operação desencadeada pela Polícia Civil da Bahia e de Minas Gerais. Ficou comprovado que ele utilizava dois aparelhos de celular para manter contatos com os comparsas.

Michel Temer não sofreu nenhum prejuízo pelo uso indevido do CPF e do nome dele. Outros dois integrantes da quadrilha foram localizados em São Paulo. Houve troca de tiros com a polícia e um deles, Thales Deivison Souza, foi morto. O outro, Júlio Carlos Pereira Rocha, foi preso.

Guilherme Fraga foi levado para Vitória da Conquista (BA), onde está recolhido. Além do crime de sequestro, consta em sua ficha policial o envolvimento em assaltos a bancos e explosões de caixas eletrônicos.

Homicídio

No último dia nove de abril, uma tentativa de assalto a uma agência do Banco do Brasil, em Barra da Estiva, acabou com o sequestro do gerente da unidade e dos familiares dele. Dois dias depois, o delegado Marco Antônio Torres, que investigava o crime, foi morto. O corpo dele foi encontrado carbonizado dentro de uma caminhonete Hilux, incendiada em uma estrada vicinal.

Desde então, a polícia baiana, junto com a polícia de Minas, vem tentando prender os suspeitos. As investigações levaram ao criminoso Guilherme Fraga, líder do grupo que havia fugido para Montes Claros.

O delegado de Investigações Especiais da Polícia Civil de Montes Claros, Herivelton Ruas Santana, informou que foi constatado que Guilherme teve dois telefones celulares com o CPF do presidente, cujo nome completo é Michel Miguel Elias Temer Lulia.

Ruas disse também que ainda não se sabe como o suspeito obteve o número do CPF do presidente Temer, nem como ele teria conseguido cadastrar os telefones celulares. “Isso mostra uma certa fragilidade das operadoras e do próprio sistema de controle”, observa.

 

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