Os ex-prefeitos de Itabirinha, Aurélio Donádia Ferreira, Divino das Laranjeiras, Edson Alves de Souza, e São Félix de Minas, Wanderlei Vieira de Souza, foram presos preventivamente na manhã desta quinta-feira (19), durante a operação Octopus, conduzida pelo Ministério Público e as polícias civil e militar.
Ao todo foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens e valores dos acusados de participar de um esquema milionário de fraude de licitações.
De acordo com investigações do Ministério Público Federal (MPF), em operação realizada no início deste ano, entre os anos de 2009 e 2016, o então prefeito de Divino das Laranjeiras montou um esquema de fraude em licitações relacionadas às obras púbicas do município.
Nesse esquema, o ex-prefeito recebia propina das empresas que participavam do certame em troca de garantir que o contrato seria assinado com elas. Dentre as empresas apuradas, estavam as que pertencem aos ex-prefeitos de Itabirinha e São Félix de Minas, sendo que eles a colocavam em nome de laranjas a fim de esconder o seu real proprietário.
Os ex-prefeitos agiram juntos e o esquema, simples no início, se tornou “sofisticado” com o passar dos anos, apurou o MP.
“Os três prefeitos cumpriram mandato no mesmo período, de 2005 a 2012, e permutavam contratos públicos entre suas prefeituras, conseguindo garantir, dessa forma, contratos via pagamento de propina”, explicou o promotor Evandro Ventura.
A investigação ainda confirmou que o ex-prefeito de Divino das Laranjeiras, mais conhecido como Edson Bodola, continuou exercendo influência nas licitações mesmo após o término do seu mandato, já que seu sobrinho e afilhado político assumiu a prefeitura do município.
O próprio prefeito celebrava contratos consigo mesmo, sempre se valendo do expediente de inserir as empresas em nome de terceiros e também da influência que exercia no mandato de seu sobrinho à frente da prefeitura.
O promotor informou que foram 14 contratos com empresas do ex-prefeito de São Félix, no valor de R$ 11,398 milhões, e 11 com o de Itabirinha, no valor de R$ 10,341 milhões.
Durante a operação, foi apreendida uma arma de fogo e munição com o ex-prefeito de Itabirinha, que também foi enquadrado por porte ilegal, e um quilo de maconha em um sítio dele, mas a droga foi assumida pelo caseiro. Carros de luxo também foram apreendidos, conforme foi informado durante a coletiva na manhã desta quinta.
Os crimes apurados são os de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsidade ideológica e fraude à licitação.
Porque não consta na Reportagem os Partidos,curja os quais pertencem os ex-Prefeitos.