O que começou como um movimento nas redes sociais vai ganhar as ruas neste sábado (29) em todo o país: a resistência das mulheres contra o candidato de extrema-direita do PSL e seu discurso de ódio especialmente contra as mulheres, população negra e LGBT.
A hastag #EleNão, lançada na página Mulheres contra Bolsonaro, no Facebook, viralizou desde o início e conquistou o apoio de milhões. Também rompeu fronteiras e conquistou artistas nacionais e internacionais.
Em Governador Valadares, na Praça dos Pioneiros, no Centro da cidade, os protestos estão marcados para as 9 horas. O ato está sendo organizado pelos coletivos femininos Mais Mulheres no Poder, Encrespa, LGBTQ, Nudi’s, Juventude, Moradia Popular, Quilombo, (R) Existo, Frente Brasil Popular, Elas por Elas, Brotas, Movimento de Mulheres Camponesas e Abayomi.
O movimento pretende reiterar, de forma pacífica, que as mulheres em Valadares também não aceitam as ofensas e os retrocessos que o candidato representa, como destaca uma das organizadoras, a advogada Márcia Andreia Costa.
“Será uma manifestação livre de mulheres e homens contra o machismo, fascismo, racismo e todo tipo de preconceito e violência. Nós mulheres já estamos morrendo e sendo violentadas por pessoas ditas de bem, sem porte de arma, imagina se armar essa população sem educação? Por que contra o machismo tem que ter educação e não mais violência, mais ódio e intolerância. A mulher não quer vingança, ela quer igualdade, a mulher prima em lutar pelo bem comum para ela e para os homens também, pois eles são nossos filhos”, diz a organizadora.
Ela reforça que a luta é das mulheres, para as mulheres e pelas mulheres contra o retrocesso e convoca todas para deixarem suas casas neste sábado e irem para a praça.
“O que a gente quer amanhã é que as mulheres tenham segurança e confiança, pois o estado democrático de direito ainda funciona nesse pais, elas podem vir para as ruas manifestar livremente e pacificamente. Venham pela paz, por direitos, pela luta. É a primavera das mulheres, a hora da mulheres, por uma sociedade justa e igualitária. Que todas venham de cores branca, lilás ou roxa, que é a cor da nossa luta e resistência. #EleNão”, completa.
