O Hospital Bom Samaritano (HBS), único de Governador Valadares e região a prestar tratamento de câncer pelo SUS, vai oferecer um diagnóstico com mais precisão para aqueles que lutam contra a doença.
A entidade adquiriu equipamento próprio de ressonância magnética, que desde a última segunda-feira (25) está sendo instalado na Clínica Bom Samaritano, no Centro da cidade.
Até então, o serviço era feito por meio de empresas terceirizadas, burocratizando o atendimento e elevando os custos. Um exame terceirizado custa R$ 450,00 e o SUS reembolsa o valor de R$ 268,75, ficando o restante, R$ 181,25, por conta da unidade de saúde.
Em 2018, segundo informou o HBS, foram realizadas 291 ressonâncias em pacientes SUS, sendo que a Beneficência Social Bom Samaritano (BSBS) arcou com um total de R$ 52.743,75.
A compra do aparelho foi possível após a apresentação de um projeto de captação de recursos, por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), que possibilitou atrair recursos da iniciativa privada.
Várias empresas aderiram ao projeto e destinaram parte do valor do Imposto de Renda para a aquisição do equipamento de ressonância magnética, que custou R$3.857.305,00.
O superintendente do HBS, Elvis Andrade, disse que o Hospital Samaritano é uma referência no tratamento de câncer e que a compra do aparelho vai possibilitar “oferecer um trabalho ainda melhor para a comunidade”.
Além de Governador Valadares, o HBS oferece o tratamento do câncer pelo SUS a 92 municípios da região. No ano passado, foram beneficiados 86.633 usuários, sendo 1.093 atendimentos de suporte clínico, 12.534 consultas, 58.709 sessões de radioterapia e 14.297 de quimioterapia.
Pronon
O Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), instituído pela Lei Nº 12.715/2012, tem a finalidade de captar e canalizar recursos para a prevenção e o combate ao câncer.
As entidades sem fins lucrativos se credenciam junto ao Ministério da Saúde e apresentam projetos de ações de prevenção e combate ao câncer.
Após aprovação do projeto, as instituições ficam aptas a captar doações junto a empresas ou pessoas físicas para o desenvolvimento das ações.
Assim, os doadores de recursos podem deduzir e destinar ao Pronon até 1% do imposto de renda devido.
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