Em defesa do programa Minha Casa Minha Vida, representantes da Federação Nacional dos Pequenos Construtores (Fenapc) de Governador Valadares participaram em Brasília, na semana passada, de audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Urbano, com a presença da bancada mineira de deputados federais, para discutir o o risco do esvaziamento do FGTS.
Segundo os pequenos construtores, a pulverização do FGTS poderá beneficiar a economia chinesa, com a compra de aparelhos eletrônicos de segunda linha, e gerar desemprego em massa no setor da construção civil no Brasil.
Também colocaria em risco, segundo eles, o financiamento da casa própria para os trabalhadores brasileiros, que dependem do fundo para financiar seu primeiro imóvel.
O vice-presidente da Associação em Defesa do Mercado Imobiliário (Ademi|GV), Vinicius Xavier, esteve na audiência pública com os parlamentares da bancada mineira e disse que há entre eles o consenso de que o Minha Casa Minha Vida é um programa de estado e não de um governo específico.
“Eles manifestaram apoio à manutenção do Minha Casa Minha Vida como política geradora de emprego, já que a construção civil dá uma empregabilidade muito grande. Além disso, a cada R$ 100 de gastos com o programa, o governo recolhe R$ 108, e desde a sua implantação, o FGTS saltou de R$ 90 bi para R$ 525 bi. Ou seja, o Minha Casa Minha Vida não depende de dinheiro do governo, é o trabalhador financiando para o próprio trabalhador”, destaca Xavier.
