MORADORES RECLAMAM DE PODA DRÁSTICA EM ACÁCIA ROSA

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A poda dilacerou a copa da acácia rosa que servia de abrigo para maritacas. Foto: O Olhar

Moradores do bairro Vila Bretas, em Governador Valadares, estão inconformados com a poda drástica que dilacerou a copa de uma acácia rosa que há mais de 20 anos compõe a paisagem da esquina das ruas Juiz de Paz José de Lemos com Américo Martins de Melo.

Além da beleza e da sombra, a árvore gigantesca era habitada por dezenas de maritacas, que agora se espalharam por entre algumas residências. “Estamos indignadas, ela (a árvore) estava toda florida”, lamenta a moradora Sônia Oliveira Alves.

Ela lembrou que a época não é propícia para a poda e disse que entrou em contato com a polícia ambiental na esperança de que alguma providência pudesse ser tomada. “Falaram que era tarde demais, já que a poda havia sido feita, mas foi de uma hora pra outra, não tivemos como impedir”, reclama.

Foto: O Olhar

Um outro morador, Wilson Fortunato, falou que concorda com o serviço. “Vários mendigos estavam morando embaixo dessas árvores, outro dia a polícia até prendeu um, que era foragido da cadeia”, disse ele, acrescentando que as folhas das árvores estavam sujando as calçadas.

Além da acácia, sete oitis também foram podados a pedido da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, cujos membros são informalmente conhecidos como mórmons.

Todas as árvores podadas ficam na calçada da igreja. “Uma moradora ligou para um representante da igreja em Belo Horizonte e pediu providências com relação à poda e eles atenderam”, contou Wilson Fortunato.

Foto: O Olhar

Paulo Sérgio, que também é morador do bairro, disse que ficou assustado quando viu a situação das árvores. “Está começando o verão, incêndio por todo lado e acontece isso aqui. Alguns moradores estão alegando que é para a segurança, por causa dos moradores de rua, mas eles nunca me incomodaram em nada. As pessoas que estão se sentindo incomodadas, eu creio que são a minoria, e eu não entendo como uma minoria consegue levar vantagem sobre isso, que pra mim é um crime ambiental”.

Paulo ressaltou ainda que faltou o poder público conversar com as pessoas do bairro antes de autorizar a poda . “Se a prefeitura autorizou, é pior ainda, porque o André Merlo não mora no bairro, isso aqui não é em frente a casa dele. Acho que primeiro deveria ter perguntado se todos os moradores apoiam, isso aqui é uma comunidade, não são duas ou três casas que mandam no bairro”, finalizou.

 

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