O Acampamento Esperança, que foi ocupado em 2016 com mais de 200 famílias, está sofrendo ameaça constante de despejo. O 14º batalhão de Ipatinga está fazendo rondas na área, com inúmeras viaturas e policiais armados, ameaçando as famílias, informa a nota enviada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
Nesta quarta-feira (21), a polícia ameaçou fechar o acampamento para a entrada e saída de pessoas. O acampamento fica no município de Periquito, no Vale do Rio Doce.
O MST alega que a área já poderia ser de reforma agrária, pois a atual proprietária da terra está disposta a negociar com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(Incra).
A polícia, segundo o movimento, cumpre ordens da empresa Aperam, empresa siderúrgica que explora o aço na região, “e intimida as famílias do local, que tem bastante crianças e idosos”. Dirigentes estão se reunindo para negociações.
O MST afirma que se acontecer qualquer coisa com as famílias acampadas será de total responsabilidade da Polícia Militar. “Não podemos admitir a perda de mais de 50 toneladas de produção de alimentos saudáveis que foram cultivados pelas famílias sem-terra na região”, dizem os sem-terra.
O movimento comunica ainda que haverá resistência dos trabalhadores caso a tentativa de despejo continue. “Nenhuma família sem-terra admitirá a destruição de suas casas sem sequer ter para onde ir e sem respostas do Estado para essa questão. O MST exige o posicionamento das autoridades e que a polícia se retire do local”.