Em sua primeira reunião após a instalação, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Valadarense (CPI-Valadarense) aprovou vários requerimentos com pedidos de informações ao Ministério Público, Prefeitura de Governador Valadares e Empresa Valadarense de Transporte Coletivo, atual Mobi.
O presidente da CPI, vereador Marcílio Alves (MDB), autorizou a participação do advogado da concessionária, Rodrigo Alves Loredo, que vai acompanhar o andamento da comissão. Também estiveram presentes no primeiro dia dos trabalhos os vereadores Geremias Brito (PSL) e Alberto Júnior (PDT), o Juninho da Farmácia.
Por meio de requerimento aprovado pela comissão, a vereadora Rosemary Mafra (PCoB) pediu à Empresa Valadarense o envio de documentos referentes ao fluxo de caixa dos últimos 5 anos, como livro diário, livro razão, livro caixa, livro de registro de inventário, livro de registro de prestação de serviços, livro de registro de funcionários, cópia dos contracheques dos funcionários, demonstração de resultado de exercício, balanço patrimonial, livro de duplicatas, livro de entradas e livro de saídas.
O objetivo, segundo ela, é “verificar a lisura dos dados constantes da planilha de preços para fixação do valor da tarifa”.
O vogal da CPI da Valadarense, vereador Coronel Wagner Fabiano (PMN), solicitou que a prefeitura envie documentos que tratam da autorização de propagandas nos ônibus, bem como o impacto na redução do valor das passagens. Pediu ainda cópia das planilhas de apropriação de custos operacionais desde 2012.
Para o Ministério Público, o vereador requereu cópia do relatório da Sindicância Administrativa realizada pela prefeitura, de documentos que tratam da representação da operação Mar de Lama e da planilha que foi apreendida no posto Tabajara, contendo nomes e valores relativos a agentes públicos e políticos.
Postura
No início dos trabalhos da CPI da Valadarense, às 16 horas desta terça-feira (19), Geremias Brito era o único vereador não integrante da comissão presente no Plenário da Câmara. Para O Olhar, ele voltou a falar da sua indignação por não fazer parte da comissão.
“Me deixaram de fora com o receio de eu trabalhar ao lado da oposição, e esse era o caminho, trabalhar com austeridade e com muita responsabilidade pra buscar resolver esse imbróglio da valadarense que vem se perpetuando durante anos. Estou torcendo muito para que haja um resultado positivo dentro da CPI”, salientou.
Questionado se a nomeação da sua filha, no último dia 1º, para o cargo de Consultor Técnico na prefeitura de Valadares mudaria seu posicionamento na CPI ou o relacionamento com o Executivo, ele afirmou que não. “Não muda nada minha postura, vou continuar cobrando. Prova disso é que vários projetos do governo que foram vetados nós derrubamos e hoje vou trabalhar para derrubar outros vetos que serão votados aqui hoje à noite”.
Trabalhos
O vice-presidente da CPI da Valadarense, vereador Dandan Cesário (PHS), explicou que os pedidos de documentos são necessários para dar seguimento aos trabalhos e destacou o papel da comissão: “o que vamos fazer é encaminhar indícios de algumas irregularidades (se houver) ao órgão competente, que é o Ministério Público, para eles poderem fazer o julgamento dessa empresa”.
O parlamentar também falou que, como qualquer valadarense, não quer que “essa empresa permaneça com tais abusos e vamos investigar, se houver algum erro aqui, irregularidades nos contratos, claro, a gente vai prosseguir junto ao Ministério Público e pedir que ele colabore com a gente também”.
Já o presidente Marcílio Alves elogiou a primeira reunião da CPI. “Diferente do que eu pensava, foi uma reunião de paz, Rosemary e Coronel Wagner entenderam que minha posição é, sim, ficar aqui à frente para que apareça a verdade”.
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, na primeira reunião após sua instalação, vários pedidos de informações a órgãos públicos.){kind=link}