A CPI da Valadarense realizou, na tarde desta terça-feira (23), a quinta reunião de trabalhos e deixou irritado o advogado da empresa Mobi Transporte Urbano (ex-Valadarense), Rodrigo Alves Loredo.
Como ele divide um escritório de advocacia com o procurador fiscal do município, Allan Dias Toledo, a CPI decidiu averiguar na OAB de Governador Valadares se Loredo seria um dos associados da firma Allan Toledo Advogados Associados.
A entidade informou que não há vínculo de sociedade entre eles, no entanto, confirmou que os dois advogados compartilham o mesmo escritório que fica na Avenida Minas Gerais, no Centro da cidade.
Ao questionar se o fato não traria conflito de interesse às investigações da comissão, o vereador Marcion Ferreira (PR) acabou irritando o advogado contratado pela concessionária de transporte público.
“Mas isso não tem nenhum impedimento ou suspeição legal e acho completamente inócuo o questionamento do vereador”, reagiu Rodrigo Loredo.
Ele garantiu que não tem nenhuma relação jurídica com o escritório Allan Toledo Advogados Associados e afirmou que na independência da sua atividade pode trabalhar em processos conjuntos com qualquer advogado”.
Loredo também criticou as indagações feitas por Marcion e enfatizou que ficava “triste” ao ver um vereador, em um estado democrático de direito, “questionar o exercício da advocacia por um advogado no exercício da profissão”.
Em resposta, o vereador Coronel Wagner (PMN), vogal da CPI, reforçou que a questão não poderia deixar de ser objeto de análise da CPI.
“O que me entristece e estranha é o senhor ter escritório na mesma sala que o procurador do município e isso tem que ser observado sim, aqui é uma Casa democrática, mas não aceitamos essa ausência de transparência. Pode até não ser ilegal, mas beira a imoralidade”, revidou.
Os integrantes da CPI da Valadarense voltam a se reunir no dia 3 de maio, às 15 horas, no plenário da Câmara Municipal.
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