O pedido para criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar denúncia de suposta corrupção na Prefeitura de Governador Valadares foi arquivado nesta sexta-feira (2), na Câmara Municipal, por não ter o mínimo de sete assinaturas.
Os vereadores Cézar Ribeiro (PT) e Gilsa Santos (PT) apresentaram o pedido na quinta-feira (1), justificando a importância de apurar as acusações feitas pelo deputado Hercílio Coelho Diniz (MDB), contra o prefeito André Merlo (União Brasil), de desvio e mal uso de recurso público.
“Houve um denunciante, e não foi uma pessoa qualquer, foi um deputado federal com grande votação na cidade e região, um empresário conhecido, uma liderança que era do mesmo grupo do prefeito. Então é preciso dar um mínimo de credibilidade às graves acusações de desvio de dinheiro em obras como a do aeroporto, da Açucareira, do serviço de tapa-buracos, sobre o furto de insumos no hospital municipal, conforme tornou público o deputado. A Câmara deveria cumprir seu papel de fiscalizadora e investigar se há veracidade ou não nos fatos que vieram à tona, mas os vereadores optaram por se omitir, ou melhor, fingir que nada aconteceu”, critica a vereadora Gilsa.
O arquivamento do pedido foi anunciado pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Regino Cruz (Podemos), sob a alegação de que o documento não teria cumprido o requisito regimental de ser subscrito por pelo menos um terço dos parlamentares do Legislativo. Ele também não assinou o requerimento de abertura de CPI.
Fidelidade zero
Filiado ao mesmo partido do deputado federal e secretário-geral do MDB, Hercílio Coelho Diniz, autor das denúncias contra o prefeito de Valadares, o vereador Maurício Dutra não assinou o pedido de abertura de CPI. A mesma conduta teve o parlamentar Roncalli da Farmácia, do PV, sigla que compõe a federação partidária entre PT, PCdoB e PV.
Confira quem são os vereadores que foram contra a CPI