Dia Mundial da Água: 100% do esgoto in natura ainda acaba no rio Doce em Valadares

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Valadares permanece com o triste índice de 0% de esgoto tratado. Foto: Divulgação/PMGV

 

Governador Valadares não aparece no relatório divulgado nesta segunda-feira (22), pelo Instituto Trata Brasil, mostrando que, nas 100 maiores cidades do país21,7 milhões de brasileiros não contam com a coleta de esgoto e 5,5 milhões não têm acesso à água potável.

Esse último levantamento refere-se ao ano de 2019, quando Valadares não figurou na relação das 100 maiores cidades do país em população. Portanto, não há o que comemorar hoje, Dia Mundial da Água, já que a cidade persiste no índice de 0% de esgoto tratado.

Até 2018, o município dividia com São João de Meriti (RJ) a posição de únicas cidades do país (entre as 100 maiores) a despejarem nos córregos e rios 100% do esgoto in natura. Essa condição não mudou, mas por ter apresentado redução na população em 2019, Valadares ficou fora do “Ranking de Saneamento” deste ano.

Ranking 2018: Valadares na última posiçãoíndice esgoto tratado em 2018

Obra da ETE ainda sem data para terminar

Até 2018, Governador Valadares coletava 97,26% de todo o esgoto produzido no município, porém, todo ele é despejado sem nenhum tratamento no rio Doce. O projeto de construção da primeira Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) veio para mudar essa realidade.

Iniciada na gestão da ex-prefeita Elisa Costa (PT), cerca de 90% do serviço estava pronto em 2016. No entanto, desde 2017, quando o atual prefeito assumiu, não houve nenhum avanço na obra localizada no bairro Santos Dumont.

O equipamento já deveria estar tratando 75% do esgoto da cidade e a construção de uma segunda estação, no bairro Elvamar, para tratar os 25% restantes dos detritos, também já deveria ter saído do papel na administração André Merlo, do PSDB.

Melhores e piores

No relatório divulgado hoje (22), Dia Mundial da Água, das 10 melhores cidades em saneamento básico, apenas uma é de Minas Gerais; as outras nove são do estado de São Paulo. São elas, em ordem decrescente, Santos, Maringá, Uberlândia (MG), Franca, Limeira, Piracicaba, Cascavel, São Paulo, São José do Rio Preto e Suzano.

Dos cinco municípios que piores foram avaliados na questão do saneamento básico, apenas um não pertence à região Norte. São eles, do pior para o melhor, Macapá (AP), Porto Velho (RO), Ananindeua (PA), São João de Meriti (RJ), Belém (PA).

 

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