Eles continuam aos montes na área central de Governador Valadares.
A diferença é que os vendedores ambulantes, que há poucos dias disputavam espaços entre eles mesmos, com as lojas, pedestres e até com os carros, agora não estão apinhados nas principais esquinas da cidade.
A aglomeração diminuiu após ação da Promotoria de Meio Ambiente e Prefeitura Municipal, que intensificou a fiscalização.
Na Avenida Minas Gerais, as esquinas das ruas Israel Pinheiro e Bárbara Heliodora são as mais disputadas para a venda de todo tipo de produto, de meias a acessórios para celulares.
Esses também eram os pontos mais críticos da cidade, com bancas e barracas amontoadas nos passeios, sem falar nos enormes carrinhos com frutas que ainda transitam livremente pelas calçadas.
Os vendedores também ocupavam o espaço público com mercadorias empilhadas em caixas, obstruindo ainda mais a passagem dos pedestres.
Nas últimas semanas, a situação mudou um pouco. Os fiscais têm impedido que camelôs formem aglomerações nas principais esquinas do centro. Por isso, a impressão que se tem é que o número de ambulantes diminuiu.
Cadastro
A Fiscalização de Posturas já recadastrou 345 vendedores ambulantes ativos. Destes, apenas 127 possuem alvará de funcionamento e estão trabalhando nas ruas.
Os que não estão legalizados estão sendo notificados para retirar o documento na Prefeitura, conforme disse o gerente de Fiscalização de Posturas, Marcos Wendel Gross.
O número anterior era de 398 camelôs cadastrados, segundo levantamento feito em 2000. Mas o presidente da categoria, João Pedro Neto, estima que mais de 500 ambulantes estejam trabalhando nas ruas hoje.
Geoprocessamento
O gerente de Fiscalização de Posturas, Marcos Wendel, explicou que a área central da cidade está sendo mapeada por meio do geoprocessamento.
“Com esse estudo será possível ter uma visão ampla de todos os pontos ocupados por camelôs, qual mercadoria é vendida, se o produto é ilícito ou não e se há excesso de mercadoria, entre outros”, detalhou.
A partir daí, diz ele, será mais fácil para a Prefeitura redistribuir os ambulantes no centro da cidade, evitar acúmulo nas esquinas e a obstrução das calçadas.
Wendel informou ainda que nessa primeira etapa de fiscalização, algumas mercadorias, bancas, barracas e carrinhos foram recolhidos e levados para o pátio da Semov.