O Partido dos Trabalhadores (PT) recebeu, na manhã desta sexta-feira (29), a presidenta nacional da legenda, deputada federal Gleisi Hoffmann, que veio conversar com lideranças da cidade e do Vale do Rio Doce sobre a proposta de reforma da Previdência Social.
Mesmo com o atraso de quase 1 hora, a militância de 24 municípios não arredou o pé do saguão do Mirante Hotel, no bairro Vila Rica, onde aconteceu o encontro, fez festa na chegada de Gleisi, cantou, dançou e depois parou para ouvir a presidenta.
Afinada no discurso contra a PEC 6/2019, Gleisi disse que a reforma da Previdência não mexe em privilégios e garantiu que parte da economia de R$ 1 trilhão anunciado pelo Governo Federal virá da derrubada dos direitos dos trabalhadores.
“Mais de 70% (do valor de 1 trilhão) vem do regime geral da previdência social: é o aumento da idade, aumento do tempo de contribuição, redução dos benefícios, vamos voltar a ter pessoas ganhando menos que um salário, que é algo que a gente baniu da constituição de 88”, argumentou.
“E vão tirar da constituição a obrigatoriedade de reajustar pela inflação o benefício previdenciário, que vai ficar para o ministério da fazenda, vocês acham que vão reajustar? claro que não. Então essa reforma perde, inclusive, os aposentados atuais, que não vão ter direito ao reajuste, vai minguar o salário, a renda vai cair”, alertou.
A presidenta do PT também criticou o governo de Jair Bolsonaro (PSL) ao afirmar que não há, até o momento, nenhuma medida a favor da população.
“Esses dias fiz um desafio lá na Câmara. Uma medida só, só uma que o Bolsonaro tenha feito de bom para o povo brasileiro. Ele podia dizer assim: eu baixei cinquenta centavos o litro de combustível, já que estava estimulando os caminhoneiros (na greve). Nada, nada, ele cortou o bolsa família, ele mesmo rompeu relações com países que temos comércio exterior, e mandou essa nefasta reforma da previdência para o Congresso Nacional”.
Hoffmann ainda destacou que nos governos do PT o regime geral da previdência social era superavitária. “O que estamos vivendo agora é um desmonte, uma destruição. O próprio Bolsonaro disse isso lá fora, que teria que desconstruir para depois reconstruir”.
Ela também considerou que uma reforma na Previdência “jamais” seria proposta pelo governo do PT, “no máximo faríamos alguns ajustes” e que por isso o PT não apresentará, no Congresso, nenhum projeto substitutivo à PEC 06/2019.
Após o encontro em Valadares, a presidenta do PT seguiu para Ipatinga, no Vale do Aço, e depois para Timóteo, onde se reuniu, no início da noite, com lideranças no Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos (Metasita).
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