GREVE GERAL: EDUCAÇÃO EM VALADARES E REGIÃO PROTESTA CONTRA CORTES NESTA QUARTA

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valadares participa de greve geral da educação
Professores públicos e privados de Valadares e região protestam nesta quarta na Praça dos Imigrantes. Foto: Divulgação

Profissionais da educação básica e superior, pública e privada da região de Governador Valadares participam nesta quarta-feira (15), a partir das 8 horas, na Praça dos Imigrantes (praça do shopping), de ato em protesto pelos cortes de verbas para educação, anunciados na semana passada pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, contra a reforma da Previdência, contra o fechamento de escolas de tempo integral em Minas e em defesa do Ipsemg.

Para o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), o corte de 30% nos recursos repassados às universidades e institutos federais mineiros, compromete o funcionamento das atividades das instituições, colocando em risco postos de trabalho, vagas de estudantes, desenvolvimento e pesquisa científica de todo o estado, já que a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) também foi atingida com os cortes orçamentários.

“A Reforma Administrativa de Zema também atacou seriamente a educação. Cerca de 80 mil vagas fora cortadas do programa Escola de Tempo Integral e 9 mil postos de trabalho foram extintos da educação. Isso não só prejudica a continuidade do projeto pedagógico das escolas, como desequilibra a dinâmica familiar dos pais que precisam do programa para trabalharem”, diz o sindicato.

A adesão ao movimento de greve nacional da educação se intensificou após o anúncio de corte de investimentos na área e está atraindo o apoio de pais, mães e alunos preocupados com os rumos do ensino público no Brasil, avaliou a direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).

De acordo com a entidade, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, da reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL), tem como objetivo destruir a aposentadoria do povo brasileiro, em especial a das trabalhadoras e a dos trabalhadores da educação.

A PEC acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e institui a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 para 20 anos e altera as regras especiais de trabalhadores e trabalhadoras rurais e professores.

As professoras, de acordo com a CNTE, serão ainda mais prejudicadas se a reforma for aprovada. Quem ingressou na carreira até 2003 vai ter que trabalhar 10 anos a mais e quem ingressou depois de 2004 terá de trabalhar 15 anos a mais para receber benefícios menores. Professores terão que trabalhar em salas de aula até os 65 anos e as professoras, até 62 anos.

O diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e coordenador da Secretaria de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (Contee), José de Ribamar Barroso, que representa os professores e professoras da rede particular de ensino, diz que os educadores das escolas particulares vão sofrer ainda mais que os da rede pública com a reforma de Bolsonaro.

“Os trabalhadores da educação privada não vão mais conseguir se aposentar”. De acordo com Ribamar, para o pessoal do setor privado essa reforma é ainda mais cruel porque quanto mais experiência e formação o docente adquire, mais caro ele fica para a empresa, que prefere trocá-lo por um profissional em início de carreira ganhando menos.

Congelamento

Segundo dados levantados pela Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, o congelamento de recursos do Ministério da Educação e Cultura (MEC) compromete R$ 2,1 bilhões nas universidades e R$ 860,4 milhões dos Institutos Federais.

Mesmo a educação básica, apontada como prioridade por Bolsonaro durante a campanha eleitoral, sofreu um corte de R$ 914 milhões.

“Estes cortes estão prejudicando a merenda e o transporte escolar das nossas crianças da educação básica, além, claro, de prejudicar toda educação pública, cortando recursos de manutenção e de pesquisa”, explicou Heleno Araújo, presidente da CNTE.

Para Ribamar, o projeto do governo é atender os interesses do capital, que está representado na esplanada do ministério com a pasta mais poderosa.“O governo faz um corte que vai acabar com os Institutos e Universidades Federais e a demanda vai para o setor privado e quem preside a Associação Nacional das Universidades particulares do Brasil é Margareth Guedes, irmã de  Paulo Guedes, ministro da Economia”, denuncia o dirigente.

Com informações do Sind-UTE/MG.

 

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