LIXO TOMA CONTA DA PORTA DE ENTRADA DO CARTÃO POSTAL DA CIDADE

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lixo perto da subida da ibituruna
A parte de trás do CMEI é usada para descartar entulho, mas no lugar há todo tipo de lixo, até um sofá velho. Foto: Fábio Monteiro

Há anos o valadarense se esforça para valorizar e proteger o maior cartão postal da cidade e, talvez, até do Leste de Minas.

Mesmo sofrendo com as ações do homem, a Ibituruna vem resistindo bravamente e reforçando, cada vez mais, o seu potencial turístico.

No entanto, o turista que chega à cidade para começar a subir o pico é recepcionado por uma cena nada agradável do lado esquerdo da rua Ouro Branco.

O lixo encontrado no entorno do CMEI Augusto Soares da Cunha não é apenas uma péssima primeira impressão para quem vai começar a subida ao Pico da Ibituruna.

Atrás do estabelecimento, que fica na rua Ouro Branco, o principal acesso para a estrada que leva ao topo, há uma área de descarte de entulho.

Ao lado do CMEI também há um lote onde carroças, pessoas, carros e até caminhões pequenos são vistos descartando todo tipo de lixo.

lixo no entorno da subida da ibituruna
Mesmo com uma placa proibindo jogar lixo, galhos e entulhos, o local virou uma espécie de área de descarte. Foto: Fábio Monteiro

No lote ao lado do estabelecimento, é possível encontrar colchão velho, vaso sanitário, restos de construção e lixo doméstico espalhados.

Em alguns pontos, pode-se observar cinzas, indicando que alguém colocou fogo recentemente.

Atrás do CMEI, há uma área ampla que é usada para descarte de entulhos de construção. No entanto, pessoas também usam o local para jogar lixo comum.

Na tarde desta quinta-feira (3), era possível ver um sofá velho no meio do entulho.

Fogo

Na área também é possível ver cinzas do fogo que alguém ainda não identificado colocou dias atrás.

O professor Fabrício Machado, 40, mora em frente ao lote e flagrou, dias atrás, o fogo em uma parte do entulho.

Segundo o educador, ele mora na região há muitos anos e o lixo tem incomodado cada vez mais os moradores.

Fabrício disse que a situação piora quando colocam fogo ou quando algum animal morto é jogado no local.

pessoas ateam fogo atrás do cmei
Muita gente também coloca fogo no local usado para descartar o lixo, o que é proibido. Foto: Fábio Monteiro

Uma moradora que não quis se identificar disse que por várias vezes teve que trancar portas e janelas de casa porque a fumaça e o mau cheiro incomodavam e atrapalhavam até o almoço da família.

Uma comerciante também reclamou do mau cheio e disse que já testemunhou pessoas de outra região do bairro, carroceiros, veículos pequenos e até caminhões jogando lixo no lote.

Fraldas e restos de comida

A mulher também denunciou que constantemente um funcionário do CMEI é visto deixando o local com uma sacola de lixo e despejando tudo no lote, fora da sacola.

Segundo ela, desde fraldas descartáveis até restos de alimentos são jogados no local. “Se fizessem aqui uma área de lazer para crianças brincarem, uma praça, isso ficaria um lugar muito bonito e agradável”, reivindicou a mulher.

todo tipo de lixo é jogado atrás do cmei
O lote ao lado do CMEI também é usado para despejo de todo tipo de lixo, de entulhos de construção a lixos domésticos. Foto: Fábio Monteiro

A região onde estão localizados o CMEI e os lotes usados para descarte de lixo chegaram a receber obras do que seria um parque aquático há muitos anos.

O empreendimento não foi adiante e o local foi abandonado, se tornando esconderijo para marginais e também para animais peçonhentos.

Um outro comerciante que trabalha próximo ao local lembrou que a situação do descarte de entulhos vem acontecendo de cerca de 4 anos pra cá.

“O prefeito disse que aqui seria um local de descarte de entulho até que a cidade consiga outro lugar. O grande problema é a quantidade de lixo que se joga aqui”, disse o homem que também não se identificou por medo de represálias.

“Sempre tem moradores de outros lugares que descartam aqui e acham que estamos brigando com eles”, completou.

O Olhar procurou a Prefeitura de Governador Valadares que se recusou a dar uma resposta aos moradores sobre a demanda na entrada do maior cartão postal da cidade.

 

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