Mar de Lama: empresário foragido se apresenta à Justiça Federal

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Carlos Helder estava foragido desde março, quando foi deflagada a 9ª fase da Operação Mar de Lama (Foto Fábio Monteiro)

O empresário Carlos Helder Lázaro se apresentou, na tarde desta terça-feira (1º),  à Justiça Federal, acompanhado de dois advogados. Ele estava foragido desde março deste ano, quando foi deflagrada a 9ª fase da Operação Mar de Lama. Na ocasião, a Polícia Federal cumpriu três mandados de prisão. O quarto seria do empresário, que não foi encontrado.

Carlos Helder, da Fejoli Florestal Ltda., chegou por volta das 15h acompanhado de seus dois advogados. Questionado pela imprensa, no momento em que entrava, por que estava foragido, ele respondeu apenas que iria esclarecer tudo à Justiça.

O empresário estava foragido desde março, quando a Polícia Federal, o Ministério Público de Minas Gerais, o Ministério Público Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), realizaram a 9ª fase da Mar de Lama. Foram presos, na ocasião, os empresários Paulo Guimarães, da empresa Xpec, e Emílio Cláudio Alvarenga Frois.

O empresário disse à imprensa que iria esclarecer tudo à Justiça (Foto Fábio Monteiro)

Foragido

O terceiro mandado de prisão foi contra o ex-diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Omir Quintino, que já estava preso desde abril de 2016, quando foi deflagrada a primeira fase da Operação. O quarto mandado de prisão não foi cumprido porque Carlos Helder não foi encontrado. A princípio, ele não foi dado como foragido por não ter conhecimento do mandado, mas, como não se apresentou, passou a ser procurado pela Justiça.

Paulo Guimarães e Emílio Frois foram soltos no final de junho. Omir Quintino continua preso até hoje.

A Operação Mar de Lama foi deflagrada em abril de 2016, quando Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Corregedoria Geral da União anunciaram os primeiros resultados das investigações a respeito de uma organização criminosa, que, segundo os investigadores, atuava dentro da prefeitura de Governador Valadares. Entre os investigados, estão servidores municipais, ex-integrantes do primeiro escalão da administração municipal, vereadores e empresários.

A 9ª fase da Mar de Lama se baseou em informações obtidas por meio de delação premiada de um dos investigados ainda na primeira fase. Os envolvidos, segundo a polícia, estavam sendo investigados por fraudar um pregão presencial para privilegiar uma empresa mediante propina de R$ 350 mil. A empresa vencedora pagaria R$ 25 mil em 14 vezes à outra empresa para que ela se mantivesse inabilitada no processo.

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