Desde o ano passado a concessionária de transporte público em Governador Valadares trabalha para criar uma nova imagem diante do público.
A antiga Empresa Valadarense de Transporte Coletivo deu lugar à Mobi Transporte Urbano, uma marca que veio acompanhada de uma nova gestão e um novo conceito.
Quem afirma é Felipe Nejm Carvalho, 33, que em 2017 assumiu o comando da concessionária em Valadares. “Mudamos radicalmente a cultura da empresa”, disse. “Nosso foco agora é o atendimento ao usuário, pensamos 24 horas em aumentar a satisfação do nosso cliente“.
Para isso, a Mobi tem investido em tecnologia. No início do ano passado, a nova gestão disponibilizou para o passageiro o APP GVBUS, que traz informações do itinerário e horário dos ônibus e um canal para reclamações ou sugestões.
Por meio dele, também é possível fazer compra e recarga de créditos pagando no cartão de crédito, boleto e depósito bancário.
A empresa também tem expandido o atendimento ao público. Agora, 10 estabelecimentos comerciais são parceiros na venda e recarga de crédito do cartão de bilhetagem, no Centro e em alguns bairros.
Outra novidade é a troca, em andamento, do validador (equipamentos de leitura do cartão) que fica dentro dos ônibus, por um tablet com tecnologia avançada.
O formato da substituição é inédito no Brasil e não causará nenhum desconforto ao usuário, bastando que ele passe o cartão no validador antigo e em seguida no novo. Isso será suficiente para que os dados migrem de um cartão para outro.
A nova geração de validadores trará mais facilidade na operação, conforto e segurança para o passageiro, garante Felipe.
Para o gestor da Mobi Transporte Urbano, outra medida importante é a criação da tarifa diferenciada, que ele considera um avanço para o usuário.
“Trouxemos um conceito novo de tarifa, atendendo à determinação do poder concedente, no qual o usuário tem duas opções: comprar o cartão de bilhetagem eletrônico, a R$ 3,75, ou pagar o transporte em dinheiro, a R$ 4,30”.
O cartão, informou ele, é o meio de pagamento preferido por 70% dos passageiros do transporte coletivo. “Além do valor reduzido, ele traz agilidade no embarque e segurança para usuários e funcionários do transporte de passageiros”.
A concessionária também trabalha para oferecer aos passageiros um sistema de localização on-line dos ônibus, por meio de GPS, que vai exibir a previsão de chegada do veículo em um ponto de embarque ou desembarque.
Entre as melhorias já à disposição do passageiro, Felipe destaca, além da renovação de 50% da frota, os 10 ônibus circulando com ar condicionado, atendendo a um contingente de mais de 5.000 pessoas por dia. “Podemos dizer que é a maior mudança trazida pela nova gestão”, ressalta.
Porém, ele confessa que a menina dos olhos é a linha ‘Pico da Ibituruna’, que tem proporcionado à população de Valadares conhecer o principal cartão postal da cidade, desde 2017.
“A maioria das pessoas daqui não conhecia a maravilhosa vista do pico da ibituruna. Agora qualquer um pode ir lá em cima, com preço de transporte público, e já subiram mais de 40.000 pessoas”, comemora.
Dificuldades
Assim como vem acontecendo em todo o país e até no exterior, a concessionária de transporte público em Valadares convive com a perda de passageiros, que impacta diretamente no financiamento da operação do transporte coletivo.
Aliado a isso, a Mobi enfrenta ainda o problema das gratuidades no transporte, outro fator que eleva o preço da passaginha. Além das autorizadas por leis federais e estaduais, há ainda as gratuidades aprovadas por vereadores na Câmara Municipal.
Felipe Carvalho explica que apenas os idosos têm garantido na Constituição o direito de circular gratuitamente no transporte público. No entanto, leis municipais têm estendido o benefício a diversos cidadãos.
“Temos enfrentado em Valadares um alto índice de gratuidade, além da concorrência desleal com outros meios de transporte não regulamentados. Quem sofre com isso, infelizmente, é o passageiro pagante. Não somos contra a gratuidade, somos contra o passageiro pagante arcar com os custos. Deveria existir fontes de financiamento dessas gratuidades”, comenta.
Na busca do equilíbrio financeiro, a empresa tem procurado formas alternativas de receitas em prol da modicidade dos preços, como por exemplo, a publicidade na traseira dos ônibus.
Com autorização do governo municipal, a empresa implantou o Busdoor, que oferece espaço para que empresas da cidade divulguem seus produtos ou serviços.
Os valores arrecadados com a publicidade entram na planilha como receita e são levados em conta na hora de definir o percentual de reajuste da tarifa.
Social
A nova gestão da Mobi Transporte Urbano, diz Felipe Carvalho, tem como carro chefe melhorar o relacionamento com a população, seja oferecendo um serviço de transporte público com mais qualidade, seja através de projetos sociais que tragam valor à vida das pessoas.
O investimento social começou em 2017, com uma campanha de arrecadação de livros que somou cerca de 15.000 títulos entregues nos ônibus e nos pontos de controle.
Os livros foram doados para a Secretaria Municipal de Educação, que fez a distribuição para escolas e instituições da cidade. “Em seguida fizemos uma campanha de arrecadação de roupas infantis, que também teve bastante adesão de usuários e da população como um todo”, contou.
A Mobi também resgatou e tornou mais atrativo o Projeto Bom Passeio, que ano passado transportou mais de 1.100 crianças das escolas públicas das regiões mais carentes da cidade para conheceram os pontos turísticos de Valadares.
“Esse é um projeto extremamente gratificante. Ao final de cada passeio, os alunos escrevem uma redação e no final do ano são premiados. Em 2018, a aluna Giovanna Antonelli da Escola Laura Fabri venceu o concurso e ela e sua família receberam da Mobi uma viagem inesquecível ao Instituto Inhotim”.
Questionado pela reportagem do O Olhar sobre o que o cliente pode esperar da nova gestão, Felipe Carvalho respondeu: “muito trabalho em prol do passageiro, muita dedicação ao transporte público de nossa cidade e, principalmente, muitas inovações”, conclui.
Tinha que aumentar também a quantidade ônibus pelo amor de deus, ninguém aguenta ficar em um lugar fechado em pé e com tudo mundo relando em você, aumenta o preço da passagem mas não aumenta o fluxo de ônibus!!! Inacreditável, poderia gerar mais empregos e mais lucro mas não!!! São Imbecis
Quer melhorar a imagem, mas continua com a falta de respeito com os usuários do transporte coletivo. Além de colocar aproximadamente 80 a 90 pessoas dentro de um ônibus nos horários de pico, hoje 12/02/2020 estavamos esperando de pé, porque não tinha lugar pra todos se sentarem, de 4 á 5 horas pra ser atendido, pra fazer e renovar cartão; A ATENDENTE AINDA PASSOU DUAS PESSOAS NA FRENTE, de quem estava com senha menor, INCLUSIVE na frente de MÃES COM BEBÊ DE COLO, as crianças irritadas chorando. Passou uma adolescente de uns 17 anos e um homem que nem senha pegou, chegou chamando a atendente pelo nome e quando reclamamos ele disse que era empresário e tinha ordens de superiores da MOBI, pra fazer o que estava fazendo, perguntamos o nome de quem deu a ordem ele não quis responder.
Seria satisfação dos usuários se todos os ônibus tivessem ar condicionado. No meu bairro mesmo , que é o Altinópolis nunca viu um ônibus novo . Esses só chegam aqui depois estão velhos
Esqueceram só de colocar o subtítulo “informe publicitária”.