PETIÇÃO COBRA MEDIDA DO MINISTÉRIO PÚBLICO CONTRA O CORTE DE ÁRVORES EM VALADARES

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petição cobra ação do MP contra o corte de árvores em valadares
Abaixo-assinado é dirigido ao Ministério público Estadual. Foto: Divulgação

 

Uma petição on-line com um apelo ao fim dos cortes de árvores em Governador Valadares, intitulada “André sai! Árvores ficam!”, foi lançada na noite desta terça-feira (15), após a notícia da supressão de dezenas de árvores em uma avenida no bairro Vila Isa.

A iniciativa é dirigida ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e está sendo divulgada no site americano Avaaz.org.

“O objetivo desta petição é pressionar o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) a tomar medidas que impeçam a continuidade da supressão desordenada de árvores em Governador Valadares, conforme vem acontecendo desde 2017”, informa o abaixo-assinado.

O atual governo vem promovendo cortes indiscriminados de árvores em toda a cidade desde o início do mandato em 2017. No canteiro central da Avenida Engenheiro Roberto Lassance, no bairro Vila Isa, pelo menos 45 árvores foram arrancadas na última semana.

A justificativa do secretário Municipal de Obras e Serviços Urbanos, Carlos Chaia, é que as árvores maiores estariam comprometendo o crescimento de árvores padrão médio. “Então, achamos melhor tirar essas árvores, porque na hora de fazer a ciclofaixa, vai cortar a raiz horizontal dela, e se você não cortar, você tirou a segurança da árvore, apesar que ela já estava comprometida. Então tivemos que tirar essas árvores”, simplificou ele.

Para assinar a petição on-line, clique aqui.

petição pede fim do corte de árvores em valadares
Árvores estão sendo arrancadas para construção de ciclofaixa, segundo o secretário Chaia. Foto: Divulgação

2 COMENTÁRIOS

  1. Muito pertinente essa mobilização dos moradores! Estão de parabéns pela iniciativa e participação na vida pública! Continuem ativos! O texto contido no sítio eletrônico da petição virtual revela um modelo muito característico de gestão pública ainda presente em Governador Valadares, que de certo modo foi agravado na atual gestão, embora nas gestões anteriores também pudesse ser identificado em certa medida, que é um modelo marcado pela adoção de ações sem abertura para o diálogo e participação da sociedade. É preciso frisar que a Lei Federal n.º 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), impõe a observância pelo Município de uma série de diretrizes gerais para a execução da política urbana, entre elas, a gestão democrática da cidade (art. 2º, inciso II, da referida lei) e a realização de audiências públicas nos processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população (art. 2º, inciso XIII, da lei). Portanto, os moradores possuem total razão e devem permanecer firmes, até mesmo como ato de resistência e provocação a mudança das práticas administrativas e políticas locais. Além disso, a própria Constituição da República de 1988, no art. 182, é mandatória no sentido de obrigar que o Município cumpra tais diretrizes gerais, não é favor algum ouvir e considerar a sociedade nas ações adotadas pelo Município! É obrigação!

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