O valadarense Leonardo Monte Alto Gusmão está preso em Roraima (RR) desde o último sábado (6). Ele é apontado como sendo o piloto do avião interceptado pela Força Aérea Brasileira (FAB) e fez um pouso forçado na BR-174, entre os municípios de Iracema e Caracaraí. Na aeronave foram encontrados 470 kg de cocaína pura.
Dois caças da FAB interceptaram a aeronave, um Cessna C206, prefixo PT-JSN, que seria pilotada por Leonardo por volta de 9h20 (10h20, horário de Brasília) e determinaram que ela se dirigisse para Boa Vista e aterrissasse no aeroporto local.
O piloto não obedeceu e fez um pouso forçado na BR-174, em Iracema, no sul do estado. Os dois ocupantes roubaram uma moto e tentaram fugir. Leonardo se entregou e o outro ocupante, que não teve o nome divulgado, foi capturado pela Polícia Federal.
Segundo a Polícia Federal, o piloto disse que carregou a droga ainda no Brasil, próximo à fronteira com a Venezuela mas não revelou o destino. Ele e o outro ocupante foram autuados em flagrante e levados para a Penitenciária Agrícola de Monte Alto, em Boa Vista.
No Brasil, os 470 kg de cocaína apreendidos valem cerca de R$ 9 milhões. No exterior, este valor pode aumentar ainda mais. Na Espanha, por exemplo, o valor dos 39 kg de cocaína apreendidos com um sargento do Exército que integrava parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro foi estimado em R$ 5,8 milhões.
A droga estava dividida em pacotes embalados por sacos plásticos de uma empresa da cidade de Villavicencio, localizada no departamento de Meta, na Colômbia.
A aeronave, avaliada em R$ 800 mil, foi roubada em julho de 1996 de um empresário de Ituiutaba. Ele negociou com uma pessoa que pagou a entrada, saiu para fazer um frete e nunca mais apareceu. O empresário registrou o roubo na época.