Ontem, dia 30 de abril, foi o último prazo para que governadores e prefeitos que não usaram integralmente a subvinculação de 70% para pagamento do pessoal do magistério, pudessem efetuar o rateio das sobras dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) relativo a 2021.
Foi o caso de Governador Valadares. O governo municipal não gastou tudo aquilo que deveria ter gasto com pagamentos de salários e sobraram, segundo o Conselho do Fundeb, cerca de R$ 9 milhões. O dinheiro poderia ter sido rateado ainda no final do ano passado. O gestor que não o fez, tinha até o dia 30 de abril para fazê-lo.
Agora já era
O prefeito André Merlo (PSDB), por exemplo, se recusou a fazer o rateio. Em troca, prometeu continuar pagando o piso salarial dos professores do magistério, “esse ano podendo reajustar mais de 30%”, e afirmando, inclusive, que “nós [o governo] estamos preparados para continuar pagando o piso”.
Mas também não o fez. O reajuste do piso foi de 33,24% e o servidor da educação básica ficou com apenas 10,06% de correção inflacionária, amargando prejuízos em sua carreira.
No final, ficou o dito pelo não dito.
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