O prefeito de Governador Valadares, Coronel Sandro (PL), apresentou dados preocupantes relacionados à receita gerada pela outorga do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), que foi concedido à iniciativa privada em 2023.
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Segundo ele, do total arrecadado de R$ 385 milhões, que com rendimentos chegou a R$ 408.858.367,51, a administração anterior, comandada por André Merlo (União), deixou na conta do município apenas R$ 6.297.688,91.
Com um agravante: restos a pagar no valor de R$ 12.386.763,94 foram inscritos, o que implica que todo o montante da outorga foi utilizado em menos de nove meses e ainda gerou um saldo negativo que o atual governo terá de honrar com outras receitas.
“Mais de 70% do recurso foi destinado às áreas de Obras e Urbanismo, Administração, Fazenda e ao próprio Saae, mas nenhuma dívida da autarquia foi quitada”, apontou Coronel Sandro. Os dados apresentados indicam que:
- R$ 154 milhões foram gastos em Obras e Urbanismo,
- R$ 60 milhões na Secretaria de Administração,
- R$ 58 milhões na Secretaria de Fazenda,
- R$ 39 milhões no Saae, dentre outros.
“Estamos em condições de detalhar cada empenho e mostrar onde foi utilizado esse recurso. Mas, para garantir transparência total, vamos contratar uma auditoria exclusiva. A população merece saber como esse dinheiro foi gasto. Acredito na boa fé das pessoas, mas precisamos dessa segurança”, afirmou o prefeito.
Contrato oneroso
Outro ponto destacado por Coronel Sandro foi o contrato firmado com a Aegea Saneamento, empresa responsável pela concessão do Saae. De acordo com ele, foram identificadas cláusulas excessivamente onerosas para o município. Entre as medidas a serem adotadas, está a tentativa de renegociação de metas, especialmente as relacionadas à universalização do tratamento de esgoto.
“Alguns termos são muito prejudiciais à população. Há pontos que podem comprometer a sustentabilidade do serviço, e nosso compromisso é representar o interesse público diante da empresa”, enfatizou o prefeito.