O presidente da Câmara Municipal, Regino Cruz (Podemos), jogou para debaixo do tapete a
denúncia de um suposto esquema de “rachadinha” envolvendo vereadores de Governador Valadares.
A acusação foi feita por um servidor de carreira do Legislativo, no final de fevereiro, mas até a última sexta-feira (11), na quarta reunião ordinária, a Mesa Diretora ainda não havia feito nenhum anúncio das medidas a serem adotadas para apurar o fato.
+ Servidor denuncia esquema de ‘rachadinha’ na Câmara de Valadares
Vereadores líderes de bancadas e de blocos também permaneceram calados desde a divulgação das postagens.
O servidor efetivo comentou, em sua página no Facebook, que os vereadores pretendiam “criar mais cargos comissionados” para, de acordo com ele, “fazerem rachadinha”.
Ele afirmou ainda que iria a Belo Horizonte fazer a denúncia, já que em Valadares, segundo escreveu, “não tem um ministério público confiável”.
O termo “rachadinha” é uma prática caracterizada pelo repasse de parte dos salários de assessores indicados ou nomeados para o parlamentar, que se apropria dos recursos em benefício próprio.
Além da iniciativa da própria Mesa Diretora para apurar o caso, o Ministério Público (MP) também tem competência para investigar as denúncias da existência de suposto esquema de “rachadinha” na Câmara de Valadares.