O prefeito de Governador Valadares, André Luiz Merlo (PSDB), e alguns vereadores da Câmara Municipal visitaram, na tarde desta terça-feira (30), a nova fase da obra de construção da captação alternativa de água do município.
A visita se deu no canteiro de obras situado entre o aeroporto e a linha férrea, no bairro Distrito Industrial, e foi programada pela Fundação Renova. A imprensa também participou.
A iniciativa foi uma prestação de contas para a população, que teve seu único provedor de água, o Rio Doce, contaminado e destruído após o crime ambiental decorrente do rompimento da barragem da Samarco/Vale/BHP Billinton, em novembro de 2015.
Com o ocorrido, a captação alternativa de água passou a ser a maior reivindicação dos valadarenses e promessa de campanha do atual prefeito, porém, a construção da adutora que trará água boa para os cidadãos caminha a passos de tartaruga.
Estamos chegando a 3 anos e meio do desastre, mas a obra só ficará pronta em março de 2021. Se tudo der certo.
Em que pese a demora e o desrespeito, o clima entre os políticos que participaram da visita foi de comemoração. “Muita gente duvidando da nova captação de água para Valadares e ela está aqui. Temos 500 metros prontos e agora não para mais. É uma demanda antiga e agora estamos mostrando que está se concretizando essa obra tão sonhada”, disse o prefeito André Merlo.
Já o vereador Paulinho Costa (PDT), que integra uma comissão do Legislativo de acompanhamento da obra, destacou que “o sentimento era de preocupação, se vai ou não acontecer, e hoje mais de 500 metros de obra, e do jeito que está indo vai ficar pronta a captação alternativa”, anuncia.
São 500 metros prontos em um total de 35 quilômetros, três anos e meio após o ocorrido. Mas para o engenheiro da Fundação Renova, Flávio Pires, agora é continuidade.
“Hoje efetivamente a gente está vendo a construção da adutora, que são a colocação dos blocos, a escavação e a montagem dos dutos. Vai dar para terminar no prazo, que é em março de 2021”, garante.
Adutora
A adutora de Governador Valadares terá 35 quilômetros de extensão, com a captação de água no rio Corrente Grande indo até o ponto de interligação com as Estações de Tratamento de Água (ETAs) da cidade, nos bairros Santa Rita, Vila Isa e Centro, totalizando 37 quilômetros de rede de captação alternativa.
A licença ambiental para supressão vegetal na área urbana foi concedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a autorização na área de servidão da ferrovia, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Já a supressão no trecho rural, de aproximadamente 6 quilômetros, está em fase de licenciamento.
De acordo com o engenheiro Flávio Pires, a nova fase de instalação dos tubos ocorre dentro do previsto. “Estamos finalizando a instalação dos tubos no ramal do bairro Santa Rita e vamos iniciar a frente de instalação em outro trecho próximo, seguindo o cronograma de execução”, explica.
Nesta fase, cerca de 100 trabalhadores atuam na execução dos serviços. Uma frente de trabalho está concentrada na conclusão da instalação de 300 metros de tubos no bairro Santa Rita.
A segunda frente está trabalhando em área próxima ao aeroporto e atualmente conta com 500 metros de tubos já instalados, dos 2,3 quilômetros previstos para esse trecho. Em maio, uma terceira frente de trabalho iniciará com a instalação de 4 quilômetros de tubos em Baguari, distrito de Valadares.
Desde o início da obra, em julho do ano passado, o compromisso da Fundação Renova é dar seguimento aos trabalhos e cumprir o prazo estabelecido no Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) para a entrega da adutora.
“A chegada dos tubos a partir de novembro de 2018 possibilitou que pudéssemos ajustar o projeto e, dessa forma, garantir a sequência dos trabalhos. A entrega da adutora, após os testes e a operação assistida, será em março de 2021”, diz o engenheiro Flávio Pires.
Três pátios de tubos e dois canteiros de obras foram montados e já receberam mais de 2.800 tubos, o equivalente a 19,6 quilômetros de extensão, necessários para garantir a continuidade dos serviços sem interrupções.
Inicialmente, os tubos foram recebidos em um local junto a um posto de combustíveis no bairro Planalto. Depois, os três pátios passaram a receber os tubos, na região urbana do município: um na BR-116, na altura do bairro Atalaia, outro no Distrito Industrial, próximo ao aeroporto, e o terceiro, na margem da BR-381, pouco depois de Baguari.
Com informações da assessoria de imprensa da Fundação Renova.
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