A reunião extraordinária da tarde desta terça-feira (25), na Câmara Municipal de Governador Valadares, foi encerrada sem votação por falta de quorum.
No início da sessão, por volta das 14 horas, apenas 12 dos 21 vereadores estavam no plenário, mas minutos antes do anúncio da ordem do dia, quatro deles se retiraram.
A obstrução da votação foi acordada entre os líderes da oposição e do bloco independente. Os vereadores Coronel Wagner (PMN), Rosemary Mafra (PCdoB), Antônio Carlos (PT) e Marcion Ferreira (PR) deixaram o plenário. Outros dois vereadores, Robinho Mifarreg e Iracy de Matos (Solidariedade), também apoiaram a medida e não compareceram à reunião.
Dois projetos do Executivo estavam na pauta, um deles tratava da autorização para o município contrair empréstimo de R$ 10 milhões, junto ao Banco do Brasil, e o outro, da contratação temporária de servidores.
De acordo com Coronel Wagner, o projeto referente ao empréstimo não contém as informações necessárias para que os vereadores votem com segurança, como o impacto financeiro e orçamentário do financiamento, por isso a decisão de inviabilizar a votação.
A líder do bloco da minoria, Rosemary Mafra, disse que a obstrução foi para preservar o interesse público e evitar que o governo dê prejuízo à população.
“Ao mesmo tempo que o prefeito pede para aprovar um empréstimo sem falar quais os juros, os encargos, o prazo do financiamento, ele pede para contratar funcionários, mais 18 monitores de trânsito para atender ao zona azul, que é administrado particularmente, mas quem tem que contratar e pagar é o povo”, alega.
Vergonha
A obstrução da votação foi classificada de irresponsabilidade pelo vereador Regino Cruz (PTB). “Uma vergonha o que fizeram, um projeto importante para Valadares, as ruas não estão boas, nós estamos precisando recapear ruas e avenidas e agora estão contra o projeto do prefeito que é de benefício pra Valadares, então o povo tem que tomar conhecimento disso”.
Interrompendo a fala do Regino, o presidente Júlio Avelar disse que “o povo tem que tomar conhecimento também que esse projeto está na Casa há quase um mês, sem parecer nenhum, os pareceres foram dados agora às pressas”, lembrou.
Antes de encerrar a reunião por falta de quorum, Júlio Avelar ainda culpou os vereadores da base pelo adiamento da votação. “Agora é bom que cada um, com a cabeça mais fria, culpa quem acha que é culpado, porque na verdade, a maioria (vereadores da base) é a grande culpada”, encerrou.
, foi encerrada por falta de quorum e projetos do Executivo ficam parados.){kind=link}