VELÓRIO DE “CARIOCA” SERÁ À TARDE, NA CAPELA VELÓRIO SANTO ANTÔNIO

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Morre em GV o jornalista esportivo Carioca
Carioca, jornalista esportivo, morreu na madrugada desta quinta (16), aos 88 anos. Foto: Divulgação

Morreu, na madrugada desta quinta-feira (16), o jornalista Sebastião Pereira Nunes, o “Carioca”. O velório deverá se iniciar às 17h30, na capela velório do Cemitério Santo Antônio, e o enterro, nesta sexta-feira (17), às 10 horas.

“Carioca” tinha 88 anos e é uma das figuras mais tradicionais de Governador Valadares, onde atuou como jogador de futebol, radialista, jornalista e colunista. Ele passou os últimos anos aos cuidados dos 4 filhos, Kênyo, Kássio e os gêmeos Fábio e Fabrício.

Segundo Kássio Pereira Nunes, o segundo filho de “Carioca”, ele morreu à 1h25 da madrugada, de infecção pulmonar e choque séptico, complicações que se agravaram com a idade e uma doença degenerativa. Ele morreu dois dias após a morte da mulher, Maria Selma de Freitas, completar 18 anos.

Morreu nesta madrugada o jornalista carioca
Carioca era bastante querido entre os colegas da imprensa. Foto: Divulgação

Futebol

“Carioca” era torcedor do Vasco da Gama e do América Mineiro, clube do qual defendeu as cores quando jovem. Em Valadares, nos anos 1950, ele foi o maior destaque do Clube Atlético Pastoril, clube amador que fez história na cidade.

Pelo Pastoril, ele enfrentou clubes como Cruzeiro, Atlético, Flamengo, Fluminense, Bahia, América Mineiro e até a Seleção Paraguaia. Um dos jogos do qual “Carioca” nunca deixava de comentar com amigos e admiradores, foi uma partida entre Pastoril x Botafogo.

O clube do Rio de Janeiro veio a Valadares com suas maiores estrelas como Garrincha, Didi e Nilton Santos. A partida aconteceu em 5 de maio de 1957, no Campo do Pastoril, no bairro São Pedro, e terminou empatada em 2 x 2, com o time valadarense começando o primeiro tempo fazendo dois a zero, com “Carioca” e Ulisses.

“Assim é a vida…”

Carioca, jornalista, morre em gv
Em festa da imprensa, Carioca revela que é Nádia Maria. Foto: Divulgação

Outra história que envolve “Carioca” é a da colunista Nádia Maria, que por muitos anos esteve presente no Jornal Diário do Rio Doce, onde trabalhou por mais de 40 anos, até o final da década de 2000.

A personagem respondia cartas enviadas para a redação dando conselhos amorosos, familiares e religiosos na coluna “Assim é a vida…”.

Apesar dos boatos, “Carioca” sempre negava estar por trás da colunista até que, em uma festa da imprensa, em 2005, ele assumiu publicamente ser o autor dos textos da personagem fictícia.

Kássio lembra que os filhos até se divertiam com algumas das histórias: “Muita coisa que ele respondia era baseada em acontecimentos que vivíamos na nossa família. Mesmo com ele negando, tinha gente que sabia a identidade. Uma vez, quando fui buscá-lo no jornal, ele estava descendo com uma mulher que foi pedir conselhos. Ela o procurou dizendo que sabia que era o dono da personagem”.

 

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