Construído na década de 60, o prédio da estação rodoviária de Governador Valadares, localizado no Centro da cidade, ainda não superou todas as barreiras de acessibilidade para uma parcela significativa do público que utiliza os serviços, quase 55 anos depois.
Para comprar uma passagem, o usuário tem que ir ao segundo piso da estação, onde ficam os guichês de vendas. No entanto, os três acessos disponíveis são por meio de escadas.
Não há rampas ou elevador, o que complica a vida da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, retira sua autonomia e expõe quem está nessa situação à falta de segurança, caso tente acessar o andar superior.
Para por um fim ao problema, a vereadora Iracy de Matos (Solidariedade) entrou com representação no Ministério Público local esta semana.
“A ausência de rampas ou elevador impede muitas pessoas de comprar o bilhete, limitando não apenas o acesso ao transporte, mas o direito de ir e vir consagrado no artigo 5º da Constituição Federal”, disse.
A intenção da parlamentar é garantir que pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida possam ter acesso ao segundo piso da rodoviária, onde ficam os guichês.
“O estatuto da pessoa com deficiência garante a acessibilidade ao transporte, incluindo os terminais de embarque e desembarque e serviços de venda de passagens”, explica Matos.
Concessão
A exploração e administração dos serviços do terminal rodoviário de Governador Valadares são feitas, desde 2003, pela empresa Ibituruna Concessionária de Terminais (Ibicon), por meio de concessão pública.
O contrato é de 30 anos e prevê a construção de uma nova rodoviária, por meio de parceria com a iniciativa privada. Após o término do prazo, em 2033, a gestão do terminal voltará para as mãos do município.
O projeto, no entanto, ainda não saiu do papel. A justificativa da concessionária é que não há condições legais para o início das obras da rodoviária devido a questões burocráticas que envolvem a posse do atual prédio.
A estação rodoviária atende linhas de ônibus intermunicipais e interestaduais. Para as pessoas com mobilidade reduzida, há rampas para facilitar o acesso ao terminal de embarque e desembarque. Também há banheiros adaptados para atender esse público.
“Precisamos de uma solução urgente para a acessibilidade ao segundo piso, por isso acionei o Ministério Público. Espero que ele reúna as partes envolvidas e encontre uma solução rapidamente”, conclui a vereadora.
Curta nossa página no Facebook 🙂
https://www.facebook.com/oolharsobreacidade