Aquilo que não muda

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aquilo que não muda
Imagem: Reprodução/Internet

Michel Temer disse que a destituição de Dilma Rousseff teve como causa a dificuldade do seu governo em realizar o que a classe dominante impôs: redução dos investimentos públicos, flexibilização de normas e infinitas “reformas”, todas apoiadas pela imprensa que formou a “opinião pública” para manter uma economia financeirizada, organizada para importar tecnologias e exportar produtos agrícolas e minerais.

Nas conhecidas palavras daquele Romero Jucá, houve “um grande acordo nacional, com o STF, congresso e tudo”.

A Ponte Para o Futuro, projeto que saiu desse consenso entre “os de cima”, redefiniu o país na perspectiva de muito “menos Estado”. Teve como base a crença de que a destruição da capacidade estatal cria um “clima” favorável aos negócios e produz uma “chuva” de investimentos estrangeiros capazes de pôr o país na “rota do crescimento”.

Sobre essa “ponte” passaram Henrique Meireles e Paulo Guedes, ex-ministros dos governos de direita, Temer e Bolsonaro. Agora, parece ser a vez de Fernando Haddad.

Após anunciar um conjunto de medidas importantes para o país, o governo propôs o seu “teto de gastos”, batizando-o de “arcabouço fiscal”, uma versão otimizada daquilo que um dia foi chamado de “PEC da morte”.

Também houve muita indignação com a permanência de interesses destrutivos do setor agronegócio. Destaque para uma crítica em quadrinhos que representou um diálogo entre uma árvore amazônica, cansada, lamentando para a sua vizinha, semidestruída: “estão querendo passar a boiada mais uma vez”.

Domesticados, transformados os partidos que administram esse status quo em “plataformas eleitorais”, como ter expectativas de que cessem esses interesses que teimam em ocupar, mais ou menos descaradamente, a agenda de todo e qualquer governo?

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