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Manifestantes interrompem linha de trem em Valadares em protesto contra a Samarco

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Movimentos sociais interditam linha férrea no trecho da rua Moacir Paleta com rua Vinte e Cinco, no bairro Cardo, em Valadares (Foto: Divulgação/WhatsApp)

A linha de trem da Vale em Governador Valadares está interditada desde a manhã desta quarta-feira (8), no trecho da rua Moacir Paleta com rua Vinte e Cinco, no bairro Cardo.

Várias  pessoas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, participam da manifestação contra a lentidão da empresa Samarco em ressarcir a população afetada.

Os manifestantes são integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),  Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e  Movimento Regenera Rio Doce.

O ato é chamado de “Revolução dos Peixes: se os homens não falam, os peixes falarão” e destaca o crime ambiental “que matou 19 pessoas, destruiu distritos, despejou rejeito de minério no rio Doce e matou 14 toneladas de peixe”, diz a organização do evento.

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) também denuncia o apoio da justiça brasileira às empresas mineradoras, que seguem atuando de forma impune. “Esses são nossos pontos de denúncias contra a Vale, Samarco e BHP Billiton:  injustiça, lentidão e  ausência da participação dos atingidos, além da atuação questionável da Fundação Renova”, comenta Camila Britto, da coordenação do MAB na região.

Movimentos cobram a seguinte pauta de reivindicações:

  • Realizar um plano de desenvolvimento da Bacia do Rio Doce, buscando reparação dos danos de forma integral, unindo recuperação ambiental e social, promovendo equilíbrio no processo de negociação, através de uma assessoria técnica indicada pelos atingidos;
  • Reconhecer os atingidos pelo crime: pescadores, produtores rurais, ilheiros e barraqueiros. Muitos realizaram o cadastro, mas não obtiveram nenhuma resposta concreta da Fundação Renova;
  • Reconhecer os atingidos de Periquito, pela falta de água no município provocada pelo rompimento da barragem, assim como soluções para os problemas gerados;
  • Garantir água de qualidade e estabilidade na distribuição no distrito de Pedra Corrida;
  • Alterar o local onde se busca a água, levada para a Baixada do Coronel Roberto, comunidade rural de Ipaba. A água da ETA Cachoeira Escura tem gerado problemas de saúde para a população;
  • Fazer a captação da água do Rio Santo Antônio para a ETA de Cachoeira Escura;
  • Garantir a participação dos atingidos nos processos de negociação, construção dos parâmetros e recuperação ambiental;
  • Discutir, de forma ampla, as soluções definitivas para os problemas hídricos, produção, irrigação, pesca, comercialização, saúde, lazer;
  • Agilidade das empresas na resolução dos problemas, pois foram poucos os avanços nos últimos dois anos.

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