Um tumulto marcou a posse da nova diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais de Governador Valadares (Sinsem) para o triênio 2017/2020.
A eleição do sindicato aconteceu nos últimos dias 16, 17 e 18, e três chapas participaram do processo. A vencedora foi a chapa 2, encabeçada pelo presidente Dirley Joaquim Henriques e pela vice-presidente Elza Maria Costa.
A posse estava marcada para as 19 horas desta segunda-feira (28), na sede do sindicato, mas só ocorreu às 23h45, depois de pressão da nova diretoria.
As duas outras chapas que participaram da disputa apresentaram recurso junto à Junta Eleitoral, pedindo impugnação das eleições. A alegação era de que o processo não ocorreu de acordo com o estatuto.
Após quase 10 horas analisando recursos, o presidente da junta eleitoral, Marcos Wendell, decidiu empossar os sindicalistas eleitos. “Os pedidos de impugnação continuarão a ser analisados, mas nada impede a posse da nova diretoria. Nosso ideal é fazer valer o voto do servidor”, disse Wendell.
O presidente eleito lamentou o acontecido: “foi um processo muito desgastante, onde os representantes das outras chapas não queriam reconhecer as eleições. Tivemos que mobilizar servidores para garantir a posse e até acionar policiamento e registrar um BO para resguardar nosso direito”, comentou Dirley Henriques.
Confusão
Enquanto os servidores aguardavam uma definição da junta, houve um início de confusão. O ex-presidente Waldecir Moraes da Silva e outra sindicalista foram flagrados, pela janela, mexendo em gavetas e no computador em uma das salas do sindicato.
O ex-presidente ameaçou fechar a janela da sala, mas foi impedido pelos membros da nova diretoria. Ele deixou o Sinsem sob as vaias dos servidores e gritos de “fora”, “rua”, enquanto registrava todo o movimento pelo celular.
Nova gestão
O novo presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sinsem), Dirley Joaquim Henriques, disse que vai fazer uma gestão mais técnica, voltada para corrigir distorções existentes nas legislações que tratam dos servidores municipais.
Ele explicou que já conta com o apoio de 18 vereadores na Câmara, que também entendem que essas distorções devem ser modificadas. “A legislação é falha e confusa, o sindicato faz barulho e não contribui com nada, porque tem pouco entendimento técnico. O imposto sindical acomodou sindicalistas e temos que mudar isso e mostrar solução para os servidores”, ressaltou.
Dirley Joaquim Henriques, 49, é servidor municipal desde 2004. Sociólogo e militante político, foi filiado ao Partido dos Trabalhadores e candidato a vereador pelo PSOL, em 2008.
Ele vai presidir o Sinsem até o ano de 2020.
