Depois do sufoco, o estudante Kaik Gualberto Santos, 17, agora respira aliviado, com a vaga garantida no curso de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), campus Governador Valadares
Aprovado por meio do sistema de cotas, ele teve a matrícula barrada por uma comissão que entendeu que ele não era pardo. O jovem discordou da decisão e entrou com recurso.
Na tarde da última segunda-feira (9), a Comissão de Heteroidentificação da UFJF divulgou o resultado de uma segunda análise e deferiu a matrícula de Kaik, que havia sido aprovado em segundo lugar pelo Programa de Ingresso Seletivo Misto (PISM).
A princípio, a comissão havia justificado que os aspectos físicos do rapaz não se enquadravam nos critérios estabelecidos para beneficiário de vaga reservada para candidato pardo.
Filho de pai negro, Kaik se autodeclara pardo e por isso concorreu às vagas reservadas às cotas raciais. A família alegou que a comissão não levou em conta a questão familiar e recorreu da decisão.
Mesmo aguardando o resultado do recurso, Kaik já estava frequentando as aulas no campus da UFJF em Valadares, porém, de forma apreensiva. “Agora ele está eufórico”, comemora a mãe Sheila Gualberto.