Ato “Fora Bolsonaro” marca o 29 M em Valadares

O protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na manhã deste sábado (29), em Governador Valadares, reuniu cerca de 250 pessoas, entre estudantes, trabalhadores rurais, professores e aposentados.

A organização distribuiu máscaras faciais modelo PFF2, de uso obrigatório durante o evento, álcool em gel 70º e manteve o distanciamento social. A ação aconteceu simultaneamente em todo país.

Só em Minas Gerais cerca de 30 cidades, além da capital, foram às ruas protestar contra a permanência do presidente no cargo e para cobrar a vacinação em massa para a população.

A data, 29 de Maio (29 M), é considerada “o Dia Nacional de Mobilização da Campanha “Fora Bolsonaro”, organizada pela Frente Brasil Popular (FBP) e Frente Povo Sem Medo (FPSM), além de partidos políticos de esquerda, organizações não governamentais e movimentos sociais, como o MST, MAB e outros coletivos.

Entre as pautas, a manifestação reivindica que o Congresso tome providências imediatas para aumentar a vacinação, de modo que todos os brasileiros tenham acesso ao imunizante.

Além disso, cobra o auxílio emergencial no valor de R$ 600 para 60 milhões de trabalhadores que estão sem renda e sem emprego. Por último, pede a aprovação do Projeto de Lei 823/21, que institui o apoio financeiro emergencial para famílias camponesas e da agricultura familiar para a produção de alimentos.

O ato acontece no dia em que o Brasil chega em 459 mil mortes pela Covid-19, 2.418 só nas últimas 24 horas, bem como a ocupação acima de 90% dos leitos de UTI.

O ato também serviu para chamar a atenção da sociedade e dos três poderes para a situação dramática pela qual passa o povo brasileiro, denunciando a falta de planejamento e lentidão no processo de vacinação e a volta da fome impulsionada pelo desemprego, pela alta dos preços dos alimentos e pelo auxílio emergencial insuficiente.

A organização do evento é da Frente Brasil Popular (FBP), Frente Povo Sem Medo (FPSM), artistas, sindicatos diversos e representação de estudantes. Esse é o primeiro ato de rua pós-pandemia organizado pelos movimentos de esquerda.