A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (20), a operação ‘Empreitada Final’, com o objetivo de combater crimes de corrupção na Prefeitura de Cuparaque (MG). Em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), a PF investiga fraudes em licitações e pagamento de propinas a agentes públicos da cidade. Dois ex-prefeitos de Cuparaque estão entre os investigados.
De acordo com comunicado enviado à imprensa, na manhã desta quinta, seriam cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, três de prisão e três de condução coercitiva.
O objetivo da operação foi colher provas das práticas criminosas de uma suposta quadrilha que estaria agindo na prefeitura de Cuparaque. Entre os crimes investigados estão fraude a licitação, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, entre outros.
Segundo a Polícia Federal, entre os investigados estão empresários do ramo da construção civil e os ex-prefeitos Maxwuell Monteiro da Silva (DEM) e Geovânia de Oliveira Domingos (PTN). Ambos são casados. Ele foi cassado em 2010 e ela esteve à frente da prefeitura entre 2013 e 2016.
A PF descobriu as fraudes a partir de investigações que detectaram contratos milionários com empresas fantasmas. Elas estavam em nomes de ‘laranjas’, não tinham sede física e nem funcionários registrados.
No esquema, a prefeitura fazia o pagamento das faturas das obras contratadas e parte do dinheiro era destinado aos agentes públicos da prefeitura de Cuparaque.
Até o final da manhã desta quinta-feira, a polícia não havia confirmado quais os nomes dos presos e conduzidos coercitivamente. Segundo informações, a fraude teria provocado um rombo de cerca de R$ 13 milhões aos cofres do município de Cuparaque.