O funeral do Príncipe Philip, marido da Rainha da Inglaterra, transmitido pelas TVs e redes sociais neste sábado(17), traz à tona uma diferença, uma sensível diferença no modo como, em geral, nós brasileiros, somos indisciplinados, mal educados, e sem o devido sentimento de pertencer a uma sociedade minimamente evoluída capaz de se condoer, se compadecer, se humanizar!
Sim, podemos dizer que em nosso país estamos vivenciando situações de profundo desrespeito à dor alheia, quando achamos “normal” 3.000 mortes diárias de brasileiros vitimados pela COVID.
Quando políticos saídos do esgoto, sem nenhuma história de luta e defesa da vida, pregam a morte e as armas como bandeira, incitam o ódio a minorias, fazem-se indiferentes à fome do povo! A que ponto chegamos!
Aquelas imagens do funeral real nas TVs brasileiras, parecem imagens vindas de outro planeta! A Rainha Elizabeth, e todos, eu repito, TODOS os membros da Casa Real e autoridades presentes ao funeral usavam MÁSCARAS! Tentem imaginar algo minimamente similar no Brasil? Não, não imaginem! É impossível!
Vendo as imagens, dá-se conta grandiosidade que emana da simplicidade! Tudo foi feito de modo modesto (para os padrões da Realeza, claro!), apenas uma pequena corbélia de flores brancas sobre o caixão que foi levado por um carro super antigo. Todos acompanharam o cortejo à pé, com exceção da Rainha com seus 94 anos.
Durante a cerimônia religiosa na Capela de São Jorge, todos os poucos presentes sentaram-se distantes, em respeitoso isolamento social. Quanto exemplo dado aos cidadãos ingleses! Sim, o exemplo deve vir de cima! Sempre!
Alguns dirão que a Inglaterra é fruto de um passado sujo, que traficava escravos, que tem uma Igreja herética e sismática, que rompeu com a Igreja de Roma por caprichos de um Rei assassino, sem nos esquecermos de seu vergonhoso domínio político sobre a Índia! É verdade! Todos os passados de todas as nações costumam ter horríveis nódoas em suas histórias!
Que o diga o Brasil com o genocídio indígena (até os dias atuais), com a escravidão (sim, se os ingleses vendiam escravos, a elite brasileira era quem os comprava!), e tantas outras horrendas memórias que sujam a História da Humanidade!
Mas a grande diferença é o caminho que a Inglaterra tomou depois de rever a própria história. O país se reconstruiu enquanto nação após a Segunda Grande Guerra, investindo em Educação, Saúde e Cultura. O resultado é o enorme conceito que a Inglaterra e a Monarquia gozam junto ao povo daquele país e à Comunidade Internacional.
Enquanto lá se canta com ufanismo: “GOD, SAVE THE QUEEN”(Deus, Salve a Rainha), por aqui, nós brasileiros, continuaremos a nos envergonhar. “DEUS NOS AJUDE! SALVE-SE QUEM PUDER!”
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