Inocentado em ação penal da Mar de Lama, ex-vereador tem nome usado para atingir campanha do PT

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Inocentado em ação penal da Mar de Lama, ex-vereador tem nome usado para atingir campanha do PT
Geovane Honório foi absolvido pela Justiça em setembro de 2020. Foto: Divulgação

Perfis nas redes sociais começam a disseminar desinformações e meias-verdades sobre envolvidos na operação Mar de Lama, com o objetivo de confundir a opinião pública e influenciar negativamente o eleitorado de Governador Valadares.

Nesta segunda-feira (29), dois perfis com grande número de seguidores publicaram conteúdos com informações descontextualizadas sobre um dos assessores do gabinete do deputado federal Leonardo Monteiro (PT), o ex-vereador Geovane Honório.

Os responsáveis pelos perfis alegaram que Geovane, réu na operação Mar de Lama, “foi recentemente identificado como assessor parlamentar no gabinete do deputado federal Leonardo Monteiro”. Eles questionaram os critérios de contratação da Câmara dos Deputados e a integridade da equipe do deputado, que é pré-candidato à Prefeitura de Governador Valadares.

Grande parte dessas afirmações é antiga e já conhecida. No entanto, os perfis omitiram a informação atual de que Geovane Honório foi absolvido na ação penal nº 0209034-95.2016.8.13.0105, que tramitou na 3ª Vara Criminal de Valadares. Em 2016, o ex-vereador foi acusado de corrupção passiva, mas em 2020, a Justiça o absolveu “por falta de provas suficientes para a condenação“.

Além de Geovane Honório, empresários e funcionários públicos também foram absolvidos, assim como vários outros ex-vereadores e alguns estão concorrendo nas eleições deste ano para uma cadeira no Legislativo.

Operação

Investigações conduzidas pela Polícia Federal na operação Mar de Lama também foram posteriormente consideradas infundadas. Em setembro de 2021, o Tribunal de Contas da União (TCU) não só aprovou as contas da ex-prefeita Elisa Costa, como também refutou qualquer indício de desvios, desfalques, malversações, superfaturamento ou realização de despesa sem a devida comprovação com relação aos recursos da União enviados para minimizar os efeitos da enchente de dezembro de 2013.

Em 2016, a Polícia Federal comunicou que a dispensa de licitações na terceirização do serviço de limpeza urbana teria causado um prejuízo de R$ 1,5 bilhão ao município. No entanto, após repercussão, essa informação foi desmentida pelo próprio delegado responsável pela investigação, à época, e que havia anunciado a cifra espetaculosa e falsa.

Até o momento, não há nenhuma sentença definitiva (transitada em julgado) em relação à operação Mar de Lama.

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