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Comerciantes de areia não sabem o que fazer com lama de rejeitos dragada do rio Doce

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Lama dragada do rio não está sendo recolhida pela Fundação Renova, responsável pela destinação do material (Foto: Andréa Costa)

Uma quantidade considerável de lama de rejeitos de minério da barragem da Samarco está sendo retirada do rio Doce diariamente por empresas de extração de areia em Governador Valadares e região.

A lama é dragada do leito do rio junto com a areia e algumas empresas já acumulam um volume suficiente para encher até 500 caminhões, segundo informou o integrante da Associação dos Comerciantes de Areia do Rio Doce (Acard), Edertone José da Silva, dono de um areal no bairro Santa Rita.

Ele explicou que a grande preocupação das nove empresas que atuam no ramo em Valadares e de outras da região é o que fazer com toda essa lama. A Fundação Renova já foi informada da situação e justificou que aguarda um estudo que está sendo feito por uma universidade.

Uma das alternativas tem sido alugar terrenos para estocar o material, enquanto a Samarco não providencia a coleta e destinação dos rejeitos. Para quem não tem condições, a saída tem sido devolver a lama para o rio Doce.

“O mais viável seria a Vale encher os vagões com a lama coletada e providenciar o local que ela achar mais conveniente, desde que resolva a situação”, sugeriu o comerciante Edertone.

A presidente da Associação Valadarense de Defesa do Meio Ambiente (Avadma), Rosamélia Apolinário, lembrou que existe um acordo em que a Fundação Renova é responsável pela limpeza do leito do rio Doce e pela destinação do rejeito.

A Fundação Renova informou que a partir de dezembro fará todo o processo para a destinação adequada do material, caso ele seja identificado como rejeito.

Por meio de nota, disse ainda que “as soluções para os rejeitos que se espalharam pelos principais rios e seus afluentes foram contempladas no Plano de Manejo de Rejeito, aprovado em junho de 2017 pelos órgãos ambientais, que dividiu a região impactada em 17 trechos. A definição de manejo para cada trecho tem como princípio as soluções com menor impacto ao meio ambiente e à sociedade em sua implantação. O trabalho de caracterização do rejeito ao longo de todo o trecho impactado foi iniciado. Em Governador Valadares, a previsão é de que a caracterização seja realizada no próximo mês. A partir desse trabalho, será possível definir se o material é rejeito do rompimento da barragem ou sedimento natural do rio, por exemplo”.

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