Dois membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Rosemary Mafra (PCdoB) e Coronel Wagner Fabiano (PMN) protocolaram, na tarde desta quarta-feira (20), na Câmara Municipal de Governador Valadares, pedido de impugnação do nome da vereadora suplente Fátima Salgado (PSDB) como participante dos trabalhos que vão investigar supostas irregularidades envolvendo a empresa Valadarense de Transporte Coletivo Urbano, atual Mobi.
De acordo com os parlamentares, Fátima Salgado não se enquadraria na comissão, já que nos últimos dois anos atuou como membro titular e presidente do Conselho Municipal de Transporte (CMT), representando a atual administração. Ela ainda ocupou o cargo em comissão de Secretária Municipal de Governo Adjunta.
Para Coronel Wagner e Rosemary Mafra, a vereadora suplente estaria impedida de participar da comissão, uma vez que foi responsável pela aprovação dos últimos aumentos
concedidos à concessionária de transporte coletivo em Valadares.
O Coronel Wagner ressaltou que a isenção é o princípio fundamental a qualquer processo apuratório e lembrou que a vereadora Fátima Salgado presidiu o CMT até o mês de dezembro.
“Isso, para nós, fere a isenção, pois o conselho subsidia o executivo quanto ao valor da tarifa de ônibus. Há outros 14 vereadores que poderiam ser indicados. Por que logo ela?”, questionou.
Na opinião da vereadora Rosemary Mafra, autora do pedido de instalação da CPI, pessoas vinculadas ao fato que será investigado estariam impedidas ou suspeitas de participar de qualquer procedimento investigativo.
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